A deixei ir.
Pedi para deixar-me algumas vezes. Não de todas as formas. Também pudera, nem sei ao certo quais.
Busquei por vezes me fazer indiferente, acreditando ludibriar até a sua imagem que, ao fechar os olhos, me invadia a mente...pois é, nada.
Me aventurei aos mais diferentes cenários onde nem de longe, estaria. Estranho, você estava ali. Só não sabia bem onde.
Viajei, mudei, me escondi...fugi! E lá estava você, tornando vívidos os meus desejos mais íntimos.
Decidi ignorar ora pela raiva ora sei lá pelo o que, a sua existência. Bobagem, você de algum modo, só ficou mais próxima.
Elevei então tal incompreensão a minha fé, clamando que você fosse embora pela a falta de entendimento a tudo aquilo que me era novo. Talvez clamei sem força, pois ali estava novamente. Serei eu, um homem de pouca fé?
Já nas tentativas irrequietas de afastá-la de mim, tive a ideia de fazer o oposto do que havia feito até então. Na hipótese de observar a minha sombra de perto, você correria. Sem sucesso. Foi exatamente aí, que se mostrou mais viva.
“Questionei”, como último recurso, ao meu livre arbítrio, sobre minhas estratégias esmorecerem a cada tentativa. Ao que “ele” me disse:
"Ela é livre, totalmente livre fora de você. Tão livre, que num sopro se transmutaria no que quisesse. Mas EM você, bem...EM você ela permanece livre. Tão livre, que se fez amor: contemplado ao conhecê-la e latente a cada negação dela em ti. Ela continua livre, quem se fez prisioneiro, foi você. Logo, ame_se ou livre_se!”
Por fim, ME deixei vir.
Dele para ela em homenagem ao dia dos enamorados.
Um feliz 12 de junho!