UM jeito simples de dizer mãe

Atire a primeira pedra quem nunca quis sair de casa quando levava uma bronca da mãe e se sentia perseguido incompreendido? Quem nunca imaginou ser a mãe do vizinho ou do amiguinho a melhor mãe do mundo? Quem duvidou ser aquela mãe sua mãe verdadeira, acreditando ser um filho adotivo? Então, estes simples pensamentos só podiam proceder da mente de um filho de verdade e com uma mãe de verdade, pois só ela com seu jeito singular, de quem ama ajustando as coisas e a família, pode promover tais impropérios em nós. É daí, desta relação amiúde que nasce o mais belo vinculo entre dois seres, a saber, mãe e filho. Um vinculo indiscutivelmente indestrutível, onde não podia haver duvidas de quem sempre esteve no comando da nossa vida. O amor e o ódio são emoções e sentimentos fortes nos primórdios desta relação visceral, mas o tempo se encarrega de acertar as arestas e um pouco mais tarde, na maturidade, mãe e filho, promovem os ajustes importantes para o bom reconhecimento de ambos nesta vida.

Reflita sua mãe desde já, olhe para ela com magia do agora, pois há de chegar o dia de quem isto poderá não acontecer mais. Talvez por ela já tiver morrido ou perdido o frescor da vida por alguma demência natural da velhice e aí é você que será a mãe ou o pai da sua mãe. Expresse desde sempre a gratidão, não deixe para dias especiais, o agradecimento é um dom que quando bem vivido alegra, enaltece e dá leveza as parcerias. Pode ser que pela gratidão possamos compreender porque algumas vezes ela, mãe, foi tão dura conosco. E apesar destes muitos desencontros entre nós estamos aqui de alguma forma inteiros e íntegros. Fruto do amor e da dedicação auferida por um ser chamado Mãe.

Dedico este escrito a minha mãe, que hoje cuido como uma filha, a minha irmã, as minhas amigas e todas as mães que tem na maternidade a missão de ser educadora e transmissora dos bens da humanidade: o amor ao próximo e a Deus acima de tudo.

Graça Costa

Amparo, maio/2016