A sereníssima Laranjal
As margens do grande rio Jarí
Repousa a estrutura da grande cidade
A sereníssima Laranjal do Jarí
Empreendimento forjado pelo desejo e a esperança
De dias melhores e felizes com dignidade e amor
A grande fábrica de celulose, vinda da terra do sol nascente
Desliza nas águas trazendo prosperidade
E os extrativistas e suas mulheres, Levantam cedo, muito cedo
Para trabalhar na roça e quebrar castanha, e a seiva da seringueira extrair
Eles são os soldados da borracha,
Grandes Brasileiros, colonizadores desta prospera região
Os Vieira, os Gama, os Monteiro, os Coimbra,
os Sarraf, os Silva, os Ferreira e os Rodrigues
São muitos os heróis que saíram do seio destas e de outras famílias
E no cabo do machado prepararam com muito sacrifício
O alicerce pras futuras gerações
Enquanto os grandes mestres
Nazaré Rodrigues, Ermane, Irandir pontes e Maria Telles
Debruçam-se nos livros
Preparando as lições
Que formarão futuramente as novas gerações
E os meninos descolados no pátio da escola Sonia Henriques
Tentam tirar no violão uma canção do Djavan
E um soul do Tim Maia
Manhãs de sol dourado
E o Rio Jarí sonolento cercado de verde
Onde os meninos com sua inocência se banham
Sem pensar no amanhã
Logo mais, à tardinha o sol se põe abençoando a cidade
A sereníssima laranjal
Prometendo sem falta, e com muito mais brilho voltar amanhã