TÂNIA MENESES (DESDE O MAIS POPULAR AO MAIS SOZINHO)

Tânia Meneses, neste dia de Castro Alves

Da poesia, do poeta, voz Divina

Dentro de nós,

“Porque a vida é breve

E o amor mais breve ainda”, tão a sós

De Quintana o amor “Devagarinho”.

A ti entrego o abraço de todos os poetas,

Desde o popular ao mais sozinho.

De ti, o verso é Florbela,

“És dedicação de todos os instantes,

Um cuidado que em pequeninas coisas se revelam”.

Por ti se cortam as ramas das Primaveras constantes

E as flores a ti, de Cecília, se entregam

“Meus olhos te ofereço:

Espelho para face

Que terás, no meu verso,

Quando, depois que passes,

Jamais ninguém te esqueça”.

És Tânia, poeta de arranjos e concertos,

Meneses de Aracaju Brasil.

Do grito em defesas, ainda que padeças,

Tens a arte (tal qual a de Castro Alves)

De amor a protestos,

Sentimento, alento febril.

Trago-te desde o mais popular ao mais sozinho,

O aconchego dos honestos

Poetas iguais a ti,

O carinho.

Neste mundo confuso entre bom e hostil

Em que de tudo penso que já vi,

Sou portadora de palavras,

(Como de Neruda foi o Carteiro)

Teus versos se talham com buril

E matéria do sentir verdadeiro.

Dalva Molina Mansano

14.03.2016

Dalva Molina Mansano
Enviado por Dalva Molina Mansano em 03/05/2016
Reeditado em 26/02/2022
Código do texto: T5623746
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