O Triunfo do "Zé Tola"
A semelhança deste facto, com qualquer outro da vida real é pura coincidência.
O "Zé Tola" cavaleiro afamado e figura grada em qualquer cartel, recebe através do seu apoderado um contrato para uma lide de um touro de morte na arena do amor na cidade da Genitália.
Esta cidade fica situada na encosta do Monte Pubiano, numa floresta adensada pelo calor e humidade devido ao micro clima da zona. É ladeada por dois vales que confluindo na parte inferior dão origem a um outro de maiores dimensões, a que dão o nome de Terra de Ninguém.
A Praça fica situada na parte central da cidade, com uma arquitectura simétrica, composta por dois anéis e recortes artísticos da grande beleza.
No dia e hora aprazado, o "Zé Tola" em traje "Campero" cor de cinza apresenta-se na praça, ladeado pelos seus dois peões de brega em trote cadenciado e de forma hirta, faz as cortesias perante o inteligente D, Clitor, director da corrida e alcaide da cidade, recebendo entretanto a primeira ovação dos aficionados.
Começa a lide com um tempo de duração normal de quinze minutos, recebe o touro em sorte de gaiola, com elegância e arte à altura dos seus pergaminhos, segue-se a brega e num poder a poder crava o segundo rojão comprido que fez levantar toda a praça numa euforia desmedida.
O lenço de D. Clitor acciona a música e os olés são contínuos.
Ao som do passo doble seguem-se os rojões curtos, onde o "rojoneador" crava um par e remata com a sorte de violino.
A euforia é contagiante, o tempo passava, a praça ondulando gritava "mátalo"!
Chegou o mento, o auge da lide, o "Zé Tola" junto à trincheira, recebe o rojão de morte, desafia o touro e num rodeio excelente crava o ferro ao estribo numa exímia perfeição. o touro caiu e morreu momentos depois esvaindo-se, os aficionados de modo empolgante, gritavam pelo matador exigindo volta à praça bem como os seus peões de brega.
Na tribuna principal D. Clitor estava perplexo, a arte, a coragem do "Zé Tola" e o desmpenho da lide, contagiaram-no e levaram-no a dar quatro acenos com o seu lenço branco, significando que o triunfo do grande cavaleiro "Zé Tola" teve direito ao troféu máximo, o rabo.