JIRAU DI/VERSO N° 17

JIRAU DIVERSO

Nº 17 – julho.2007

por Enzo Carlo Barrocco

A poesia sergipana de Gizelda Santana de Morais

O Poema

Viola de Gamba

Nossas mãos juntas

construirão gestos insuspeitados

nossos passos juntos caminharão

dobro dos caminhos

nossos corpos juntos

suportarão o peso das pressões

elevado ao quadrado

nossos mentes juntas

nossos pensamentos

nossos momentos

se esticarão como cordas

de viola de gamba

nos ouvidos dos séculos.

A Poeta

Gizelda Santana de Morais, sergipana de Campo do Brito, poeta, contista e romancista, no convés da fragata desde 1939, teve seu primeiro livro, “A Rosa do Tempo”, publicado em 1958. Desde então Gizelda vem sempre se destacando nos meios literários brasileiros. O trabalho do Gizelda, mormente a poesia, deixa transparecer uma alma inquieta e preocupada com os rumos que a humanidade está tomando. Saudemos o vigor poético de Gizelda!

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ESTANTE DE ACRÍLICO

Livros Sugestionáveis

A Lua e os Saltibancos

Autor: Fernando Tasso

Edição do autor

A excelente escrita de Fernando Tasso enternece logo á primeira leitura. “A Lua e os Saltimbancos” é um tesouro a ser descoberto

Chove nos Campos de Cachoeira

Autor: Dalcídio Jurandir

Edição: Cejup/Secult/A Província do Pará

A história de um morador dos campos nos confins da Ilha do Marajó. A vida atribulada do homem marajoara enfrentando as intempéries daquela região.

Ércia os os Elfos

Autor: Reivaldo Vinas

Edição: Secult - FCPTN

A escrita nelvrágica de Reivaldo nos remete a um mundo de deuses, fadas, gnomos, duendes. Os poemas são resultado de anotações circunstanciais e escritos diários que foram tomando contornos simbólicos.

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A FRASE DI/VERSA

Tão certo é que a paisagem depende do ponto de vista, é que o melhor modo de apreciar o chicote é ter-lhe o cabo na mão.

- Machado de Assis (Rio de Janeiro 1839 – Idem 1908) poeta, contista, romancista, dramaturgo, cronista e ensaísta fluminense

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DA LAVRA MINHA

CONTRA A NATUREZA NÃO TEM QUEM VÁ

Enzo Carlo Barrocco

As águas avançam

sobre os muros de contenção.

O mar engole pedra e cal;

inevitavelmente.

As areias

tomam conta das mansões.

Vento e chuva contra as janelas

simples.

As enchentes afogam

as cidades,

ciclones arrasam as cidades.

Contra a natureza não tem quem vá.

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Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 11/07/2007
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