Homenagem a Gismone Quilin, uma amiga que encontrei enquanto eu procurava um caminho.
Filho amado.
Hoje venho te pedir perdão.
Pelas coisas que deixamos de fazer juntos,
ora por falta de tempo, ora por falta de assunto.
Porque na verdade, eu me achava
dona do mundo, enquanto sou meramente filha Dele.
Quantas vezes eu errei por minha própria ignorância, eu queme julgava adulta e responsável o suficiente para ser espelho.
Na verdade não sabia de nada!
Não entendi que a s suas pirraças eram retratos de sua personalidade, seus gritos eram de apelo para me chamar para seus braços, seu silêncio um pedido de atenção.
Hoje me doem as palmadas que te dei. Fui covarde e intolerante, mais infantil do que uma criança medindo forças com quem mais amo!
Venho aprendendo a tarefa de ser mãe, mas confesso não tem sido fácil. Não tive escola e nem curso para aprender a cuidar de um ser tão especial quanto você. E então, quando penso que aprendi, eis que me surpreendo com meu pequeno já crescido!
A cada dia erro, acerto, ajusto, reaprendo. Mas, infelizmente os dias passam correndo e preciso colocar você num parênteses, para você esperar que eu seja a mãe perfeita, a mãe que se olha com orgulho e amor. Aquela que estará do seu lado, onde quer que você vá.
Filho amado,
nós não temos rascunho para escrever nossas vidas, então, por favor, tenha paciência comigo. Prometo fazer de nossas aventuras um livro, com fé em Deus, sei que teremos um longo tempo para isto.
Obrigada por existir e ser meu filho.