Amália
A simples evocação do nome lembra a fadista emblemática que todos conhecemos de voz e, quiçá, dalguma passagem nostálgica pelo encantador Portugal. Contudo, a Amália de nossa página, e da lembrança de tantos amigos, admiradores, conhecidos, é a contista pitanguiense, maior unanimidade ainda no nosso rincão natal, e alhures.
Tomado pela emoção, não sei agora se cito corretamente os títulos de dois livros de memórias dessa surpreendente memorialista que vim a conhecer como aluno do curso primário do "Grupo Velho", a escola Professor José Valadares, quando a professora Amália Rocha Mendes exercia o cargo de Vice-Diretora do educandário. Mas vamos lá: Memórias do Casarão e Pitangui, terra de gente feliz.
Ambos os volumes, o primeiro mais intimista, o segundo, espalhando-se por personagens marcantes do tricentenário burgo, são fininhos, fofinhos, de aprazível e contagiosa leitura. Além do que contam, em linguagem escorreita, fluida, mostram fotos - de escassa nitidez, todavia - mas quanta saudade e curiosidade não suscitam...?
E assim, com preciosidades desta natureza, do repositório de nossos maiores, a terra de gente feliz, vai reconstituindo sua história. Amália, mulier sapiens, abençoada e provada, a ilustres próceres de nossa terra ligada - é mãe do ex-Prefeito Evandro Mendes, e irmã do também ex-Prefeito Anthero Rocha - com engenho e arte faz a sua parte.