PAULO MIRANDA II
Agora a segunda parte, das trovas pro baluarte. Faz-se mister que acrescente, que o cara é irreverente. Junta muita oposição, com seu jeito falastrão. Polemiza pra dedéu, pra ninguém tira o chapéu e é o rei da confusão. Por certo é um grande artista e impaciente prossegue. Uma multidão o persegue mas outro tanto conquista.
Quer ver?:
Se não funcionar, caluda
Grudada é Deus nos acuda
Ideal é se for muda
Num papo sobre a "Mulher que se gruda".
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Me diga só se é verdade
A tal transversalidade
Se for responder sei não
Vou consultar Frei Dimão
Num papo sobre uma certa lenda da "Chupadeira oriental...?"
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Pra ele a cara-metade
Por mais que seja maroto
Pra funcionar de verdade
É ela destra ele canhoto
"E o Saci, quem diria...?" Somente um amor queria.
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Eu mesmo sei sou a prova
Amo a camisa vermelha
Mas quando me falta uma nova
Passo o ferro em minha velha
Concordamos que, de fato, a "Mulher amarrota?"
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Vejo em teus versos rosários
Há Deus em teu corolário
Deixastes os seminários(eles é que parecem não quererem te deixar)
Pois não és(nem de longe) celibatário
Nas raríssimas vezes em que comentei sobre "Deus e eu"
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Narciso quer pau de selfie
A ninfa quer pau de sebo
Talvez somente lhe reste
Lançar mão do azul placebo
( vai ver que por isso bebo) kkkkk
Apoquentando-o enquanto "AbStênio...?", que não sou.
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Pior, poeta não dorme
É um vigilante insone
Não precisa de uniforme
E a arma(ou pena) é um esmartifone
"Amor...de poeta" parece ser um mal comum. E acomete a muitos.
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Minha coca é regular
C'oa gata quero ficar
Pochette então nem pensar
Mas sem sashimi não dá
Questionando alguns conceitos, ou seriam pré? Na "Boiolagem no ar?"
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Saio em defesa de Dante
Dois anos não são dois dias
A missão era importante
Até eu conferiria
Face à tão nobre incumbência
Ver o estado de Terencia
Pra mim, mister se fazia
Ademais são cadeados
Funcionam mal pra danado
Sem contar com a maresia
Estocando-o no estoicismo de Cicero sobre "A mais sincera amizade"
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Lembrou-me a velha anedota
Em que o cliente nota
Um pelo na refeição
O maître pra retratar-se
Explica originar-se
Do saco do seu feijão
Depois, na segunda queixa
O maître aproveita a deixa
Mas aumenta a confusão
Vou na cozinha agora
Mandar Seu Feijão embora
É muita reclamação
Estimulado pelo "Cabelo no saco...?" Saem as rimas das piadas.
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Tem mulher que se disputa
E outras que ninguém quer
Tem mulher que quer ser homem
E homem que quer ser mulher
Tem até uma presidenta
Que tem cabelo na venta
E estoca vento onde der
(Na cabeça, no caso)
Trova bem do momento, para "Mulher que deputa...?"
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Se é vero que amor que fika
É o famoso amor de Kika
Dig'aí como se explika
Ou dê, quem sabe, uma dick a
Operoso Frei Di(l)mão
No caso a mulher pu dick a
Ela que tanto complica
Inda entrega o coração?
Gozação pura com a "Mulher Pudibunda".
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Não ligue ao patrulhamento
Prossiga o arrulhamento
Fazer o que se atormento?
Emprestando apoio para o enfrentamento dos críticos em "Mary, Mary"
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Se é vero que Deus ajuda
A quem cedo bem labuta
E no desjejum de Miranda
Acho pão e também fruta
Pegue fio e guardanapo
Pois a manga tem fiapo
Ou vai mingau de araruta
Duvidando da propaganda enganosa no seu "Chupão matinal...?"
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Menino pergunta ao padre
Padre existe padre fresco ?
E o padre, um tanto grotesco:
Padre é qual homem comum
Você e seu pai são um (PAR DE FRESCOS)
Mais piada rimada em "Me chupar?"
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"Exprumentar" lá na roça
tinh'outra conotação
- Menino suspenda a troça
- Prova aqui deste feijão
Ai de mim se me negasse
Ou mesmo se arreliasse
Era certo o muxicão
No Recanto é diferente
Estilos em profusão
São tantas regras que a gente
Se perde e faz confusão
Aqui acolá invento
Burlar o regulamento
Já recebo um beliscão
(Com todo o respeito aos colegas que escrevem verdadeiras maravilhas.)
Rindo um pouco com o "Experimental Recantista"
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Agora sei que vais fundo
Diferente da cadeira da dentista
É o divã do urologista
Tremei masculino mundo!
Em "Desorientação sexual", fiquei admirado com a coragem do tema.
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Jogava o saco pro alto
E a grana ia pro pelego
Pelego foi pro planalto
E ele perdeu o emprego
Reconhecendo um sindicalista famoso em "Amor de Estivador".
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Olhando o teu vaticínio
E se vivo a te imitar
Devo ser um vate símio
Fazer o que, vou pular
(macaco que quer levar chumbo, pula à frente da espingarda!)
Ele com "Dor de cotovelo" e eu arriscando com a vara curta.
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Nem num nem noutro sentido
E o trovador se contenha
Tudo agora dá moído
Ou lei Maria da Penha
Doido varrido ele dizia "Mulher precisa apanhar".
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É feito aquele casal
Que à rima se dava mal
Raimunda e Seo Nicolau
Bem casados que ao final
Ganharam uma linda menina
Sem notar legaram a sina
Ao registrar a bambina
Que, pasmem, chama va Gina
Fazendo troça com a rima e a "Sina de Edileido Tomás".
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Não queria ser palhaço
Mas é que às vezes me sinto
Queria os nervos de aço
Sei que não tenho, então minto
Me autorreconhecendo em "Amor...de palhaço".
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Com regos tão poluídos
E barragens estouradas
Chega a parecer prurido
Reclamar de uma mijada
"Tomar no rego...?" Pra descontrair depois da catástrofe.
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Só falhou antes da sesta
No certo herdeiro do trono
Pois não há ninguém mais besta
Do que o tal filho do dono
"Se esse Deus excedeu-se", foi quando criou o homem.
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De ouvido sempre atento
Às águas do Ribeirão
Leio muito e mal comento
Sua boa produção
Reclamas de um certo exílio
Sinto-me igual ó Brazilio
Ossos do ofício "mermão"
Fazendo coro com ele pela falta de visita nos excelentes "Perfis recantistas 77 - José Eustáquio Ribeiro".
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É feito amor de banqueiro
Por Silvio Santos treinado
Pergunta quem quer dinheiro ?
E hoje o sol nasceu quadrado
No "Amor de pecuarista" lembrei-me do do banqueiro. Foram mais cedo pro chuveiro.
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Fiquei Putin com Obama
E sem saber como diga
Que o Brasil é um mar de lama
Pede pra casar Di uma figa
"Coisa síria" pra lá e russa pra cá.
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Melhor que a mulher-salada
Amigo digo a você
Que modelito tapada
Onde só osso se vê
Confesso roubar meu norte
Quando comenta o esporte
Balzac-gata Maitê
Nós em papo de bar "E ela bota fogo..."
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Tem o rabo de foguete
E o tal rabo de arraia
Mas só se perde a cabeça
Se o tema é rabo de saia
De novo, agora "Pelo rabo...?"
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Dizem que ela adora ler
E carrega ali versículos
Se gostar de escrever
Deves encontrar textículos
Ele provocou "Debaixo da saia de Dilma". E ai não dá pra resistir.
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Que bem o diga Sansão
Dalila era-lhe a morfina
Cortou-lhe o pelo à traição
Foi vítima da mesma sina
Amor é gêmeo do ódio
Paixão cega é o próprio ópio
Fere, mata e alucina
Reconhecendo próximos, amor e ódio no "Fim do herói...?"
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Digo do meu português
Que é pois pois de padaria
No elegante francês
Sei soux soux cego de guia
Inglês de beira de cais
Mas saquei teus numerais
You're terrible, diria
Ele craque poliglota contava "Piadinha em inglês. Dá procês?"
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INDA VOLTO COM OUTRAS TROVAS TEMÁTICAS .
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