Poderíamos trabalhar juntos a vida toda, Princesa.

O que acontece quando a cortina cai e você sabe que os vínculos que você formou com uma pessoa especial, em todas as formas, não serão mais mantidos com a mesma intensidade?

Como você imagina se sentir com uma notícia? Uma notícia de que você será afastado da pessoa que lhe puxou da escuridão, da solidão, que ouviu suas opiniões, que se mostrou se importar de diversas formas e jeitos, que lhe orientou algumas vezes. Uma pessoa que em quatro meses te deixou sem jeito de uma forma tão exagerada.

Imagine você ser acolhido e aproximado de Deus de uma forma inesperada, de modo que toda a experiência que você teve com cristão – ou pseudocrístões -, toda aquele rancor, aquela raiva, aquela sensação de ser rejeitado, de que você não se encaixa em nenhum lugar nesse mundo, que a religião não te aceita, etc., etc....

Tudo isso foi derrubado em quatro meses! Não foram posicionamentos oficiais ou emissão de opinião explícita, sabemos o que a Bíblia fala sobre atos homossexuais, mas foi expressões que lhe dizia “ eu te acolho, está tudo bem. Um dia você verá a verdade, mas isso será por si só, de maneira natural, e não induzida, por medo ou por violência – de qualquer forma. Eu não te julgo, você é meu irmão – de alguma forma -, antes de tudo, você é um ser humano! Não merece o desprezo “.

Logicamente, isso nos conforta, isso nos acolhe, no meio de numeráveis pessoas que lhe condena, que lhe diz frases tão fortes, tão estarrecedoras, tão impactantes, que logo surja alguém com esse pensamento, essa conduta, você se sente aliviado, e você mata sua sede de atenção, de cuidados.

Sim, a Princesa foi muito especial. Honestamente, ela é. E eu sei como meu coraçãozinho de hamster funciona, ela marcou, e ainda machuca a marquinha que ficou nesse pequeno coração, tão pequeno, indefeso, inseguro.

Mudanças ocorrem. E tudo muda, logicamente, talvez eu, enfim, tenha descoberto o motivo do meu desgostar de mudanças...

Mudanças machucam. Para mudar, temos que sair da área de conforto. E isso dói pra caramba!

Agora, estou indo para o alto daquela colina fria, onde as nuvens de chuvas tão pesadas que são, não deixa uma centelha de luz direta passar. E lá, chorarei. Mas, de uma coisa eu sei para a solidão que eu estava, eu não volto mais. Nunca mais!

Esperarei que as lágrimas quentes causadas pela nostalgia das lembranças agradáveis e alegres que tenho, que brotam dos meus olhos, escorram penhasco abaixo e toda essa frieza que meu coração volta a ter derreta. E que esse calor suba à atmosfera e dissipe essa nebulosa de nuvens produzidas pelo medo e pela insegurança que há nesse pequeno coração.

Daqui, quero simplesmente escrever esse texto, fazer um aviãozinho de papel e lançar no ar, eu sei que ele chegará a você. E, enquanto decolo o aviãozinho, quero gritar um genuíno e verdadeiro “MUITO OBRIGADO, PRINCESA! “.

Para alguém muito especial: Isabelle Corine.

Diego B Fernandes Dutra
Enviado por Diego B Fernandes Dutra em 05/03/2016
Código do texto: T5564267
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