Momentos ruins
A poesia está em tudo, em cada movimento, em cada olhar, em todo o seu redor.
É interessante, o mundo, e de tão interessante, me deixa com tédio.
Às pessoas sempre tão iguais, com suas mentes pequenas, seguindo algo idiota, seguindo o que enfiam em suas cabeças, o que acham que é único e real.
A vida tem um caminho, apenas um. E por mais que digam que você é o senhor do destino, do seu próprio destino, não é bem assim. Por mais que te ofereçam mil escolhas, qualquer uma que você pegar te levaria para onde todos acabam.
Parece uma coisa horrível né? Mas pra que fugir? Pra que lutar?
Não quero desistir, só estou aqui, apenas fingindo uma existência significativa para o mundo! No fim tudo ou quase tudo foi em vão.
Dizem que sou importante, mas alguma hora iram esquecer, me esquecer, e quando lembrarem será o fim, será tarde, será em vão.
Muita gente quer preservar a vida. Eu preservo os momentos, às emoções, aquele sentimento por alguém, aquele gosto do bolo de chocolate em um domingo de manhã. Preservo os momentos ruins, as lições que esses momentos ensinam, o cheiro do ADEUS, o cheiro da chuva naquele dia, o tic tac que o relógio faz, que incômodo, revira o estômago.
Às lembranças! Me dá aquele nó na garganta lembrar das margaridas brancas que envolveram uma parte tão importante de mim, o gosto salgado que escorria em meu rosto naquela manhã de pouco sol, aquela manhã de domingo.
A dor de cabeça passou, o medo, aquele medo lembra? Acabou! Está tudo bem agora, por enquanto está sim [...]
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