SINOPSE

A madrugada delibava as últimas gotas de orvalho.
Os corredores do hospital estavam improlíficos, desertos.
As mesas, as cadeiras, os balcões, e um Cristo preso,
A um imenso crucifixo, na parede, estavam mudos.
As paredes pareciam imensos blocos de gelo.
E em cada apartamento um destino assinalado.
Em uns,choros de despedidas... 
Noutros, lágrimas de boas-vindas!
O silêncio, se alternava, e horas ouvia-se as lamúrias...
Veio,vindo, inevitavelmente o receado momento,
E mamãe, soprou extremas gotas de brisas poucas,
Tênues, frágeis, e gotas por gotas se evolaram...
E acenaram saudosas como nuvens de fumaça!
Os pulmões drasticamente esvaziaram-se,
E já não mais havia trilha sonora.
Silenciou-se, lentamente a batucada!
Pouco a pouco, o coração perdeu a cadência.
E os pulmões fundiram-se virando asas...
Albérico Silva