Me perfumei e me arrumei para encontrar o meu AMOR!

Hoje (17 de janeiro) foi o dia mais feliz da minha vida, quando eu tentaria encontrá-la novamente. Estava nervoso, estava feliz, estava tremendo. Ela era linda, foi a mulher que mais marcou a minha vida. O carinho dela era algo assim que me assustava. Nunca pensei que a merecia tanto, mas ela me amava assim mesmo.

Logo de manhã, já fui me preparando para o encontro. Tomei um banho, fiz uma barba caprichada, me perfumei o melhor perfume que eu tinha, roupa nova, sapatos novos, tudo chic, dentro do possível. Achei que algumas pessoas estariam lá também, mas isso não me afetou e nem me deteve. Olhei a volta e vi realmente tantas pessoas que talvez estivessem lá com o mesmo objetivo; o de encontrar o amor de sua vida e lhe trazer algum presente, algum agrado, um pequeno carinho que fosse.

Fazia muito tempo que eu tinha parado de frequentar aquele lugar, tinha um parque ao lado, bancos para as pessoas pensarem na vida, para refletirem, pessoas se cumprimentavam, pessoas se encontravam, pessoas se abraçavam naquele lugar. Eu só queria encontrar o amor de minha vida, queria somente estar perto dela mais uma vez, queria somente dizê-la que eu a amei tanto, que por ela tanto chorei quando ela partiu, sem dizer nada, quase nem se despedindo de mim direito. Queria convencê-la a voltar para mim, para preencher os meus dias com alegria novamente. Estava feliz e triste ao mesmo tempo. Achei muito cruel da parte dela, ter ido embora sem quase me dizer adeus, apenas um telefonema antes de partir da minha vida, madrugada fria quando me ligou pela última vez, senti o adeus na voz dela, e pedi mais um tempo para ficar comigo. Ela falou que estava cansada, estava exausta, a vida tinha lhe tirado a seiva, tinha lutado tanto e estava feliz assim mesmo. Dissemos adeus e desligamos. Hoje eu estaria revendo-a.

Apressei os meus passos e desviei de algumas pessoas, estava ansioso para lá chegar e de longe avistei algo. Era a sua última morada.

Depositei flores, chorei, falei com ela, pedindo que me perdoasse daquela vez que nos despedimos tão rápido. Eu nem disse “eu te amo” direito, estava com pena da sua voz. Estávamos tão longe quando nos despedimos e ficamos sem poder se abraçar aquele abraço forte que eu amava dar, sem poder falar o quanto eu a amava como filho, como exemplo de vida que ela foi para mim.

E hoje 17 de janeiro de 2016, ela estaria fazendo aniversário. Mas foi embora, nunca mais comemoramos nada, me deixou órfão de amor, de carinho. Deixou saudade e o único presente que eu posso te deixar são 11 rosas brancas, porque a décima segunda já partiu para pousar em algum jardim do Paraíso de Deus. E agora em lágrimas eu te peço: descansa em paz, ainda dói porque ainda te amo, amada mãe!

Paulo Eduardo Cardoso Pereira
Enviado por Paulo Eduardo Cardoso Pereira em 18/01/2016
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