Franco Montoro
Franco Montoro
(publicado na seção de cartas dos leitores, no jornal Estado de São Paulo em 7 de janeiro de 2016)
Passei por Guarulhos neste fim de ano – Aeroporto Franco Montoro. Eu e minha mulher quisemos visitar o busto do meu querido e saudoso amigo Andre Franco Montoro e fazer uma oração por ele e por sua extraordinária esposa a D. Lucy. Com alguma dificuldade encontramos a estatua atrás de um balcão de informações, ao lado de uma pastelaria mal cheirosa e de outra medíocre tendinha comercial, quase escondido. O busto e o pedestal, ambos medíocres, não são dignos da memória de um dos poucos grandes brasileiros que existiram e, certamente, o mais importante paulista do século XX - o restaurador da democracia no Brasil, o inspirador e orientador de tantas vocações políticas. Relegar a imagem de Franco Montoro a um canto obscuro do saguão principal do aeroporto, que leva o seu nome, é quase um deboche, uma atitude de relegar à obscuridade a lembrança de um homem sábio e digno que, nesses nossos dias, faz uma falta imensa.
Eurico de Andrade Neves Borba