Albert Camus
Como o dia 04 de janeiro é aniversário da despedida de Albert Camus, escreverei algumas linhas apenas, para que este grande escritor francês não fique no vazio do "Recanto", e tenha aqui um registro.
Há muitos anos li " O estrangeiro", era ainda muito jovem, e mesmo assim me surpreendi, tamanha riqueza ao retratar o absurdo humano, através do seu personagem " Mersault".
Trata-se de um homem que um dia mata um árabe numa praia da Argélia, país este que foi colônia francesa em meados do século passado, onde Camus vivera realmente por um bom tempo. O assassinato foi em legítima defesa , mas a falta de sentimentos aflorados nesse homem, o desprezo que refletia sobre o próximo, o coloca como réu, numa trama muito interessante, e o deixa em condições desfavoráveis.
Esta obra foi premiada com o Nobel de literatura, e traduzida a mais de quarenta idiomas. Uma obra prima, um livro que vale ter a alma pronta para a leitura, pois é denso e um tanto complexo, mas muito reflexivo.
Encerro este pequeno relato com uma linda frase de Camus;
" Não caminhes a minha frente porque eu talvez não possa segui-lo. Não caminhes atrás de mim, porque eu talvez não possa guiá-lo . Caminhes ao meu lado e seremos amigos ".