Minha "dona encrenca" é uma heroína !
Há exatos 37 anos, hoje completados, nós abando-
návamos a insossa e instável vida de solteiro.
E, durante todo este tempo, ela - a "dona encrenca" - ali, firme e forte, sem reclamar quando nos víamos diante de qual-quer tipo de adversidade. E olhe que não foram poucas ! a morte, por atropelamento, em 1995, de uma filha LINDÍSSIMA, de 13 anos, foi
a mais cruel no rol dessas adversidades (afinal, a nossa cultura é a
de que OS FILHOS É QUE DEVEM ENTERRAR OS PAIS. Nenhum pai ou
mãe - por maior que seja sua estrutura psicológica ou espiritual - es-
tá suficientemente preparado para esse tipo de ocorrência).
Esperamos que daqui a treze anos, mesmo com todo o tipo de rabugices de parte a parte, possamos aqui estar para fazermos um novo retrospecto de nossas vidas e que possamos con-
siderá-lo como mais positivo ainda, com relação à avaliação de hoje.
É uma heroína a minha dona encrenca : aturar, du-
rante tanto tempo, um genuíno aquariano, encrenqueiro por excelên-
cia...não é para qualquer um (se nós próprios não suportamos o nosso temperamento, imagine os outros...).
Mesmo com as rabugices dela - tem hora que dá
vontade de esganá-la ! -, mas é incogitável nos imaginarmos longe dessa "peste", dessa "chata de galocha".
E, se me perguntassem hoje, - depois dessa experiência de vida de 37 anos juntos - se ainda me casaria com
ela, ESSA PESTE, ESSA CHATA DE GALOCHA, iríamos fazer um char-
minho para valorizar a resposta, que seria sem titubear, esta :
TENHO RESTRIÇÕES,
MAS ...
A C E E E E E E E E E E E E I T O !