PAULO LOBO

PAULO DA SILVA LOBO, seu nome de batismo, aos olhos íntegros de quem o conheceu, pode confirmar, certamente, que a sua vida foi sem dúvida a personificação do sucesso e da respeitabilidade pública e privada.

A excelência da sua pontualidade e a honradez das suas atitudes fizeram parte da sua história.

Casado com a Senhora Eurides Figueiredo Lobo e cunhado do Monsenhor Odulfo de Almeida Figueiredo, não conheceu a paternidade mas acolheu muita gente como seus filhos e filhas…

Não cabe, portanto, contestar, o fato de o Senhor Paulo da Silva Lobo ter alcançado o pináculo do sucesso na sua vida pública e pessoal, merecendo inclusive, o reconhecimento estadual.

A sua influência chegou com êxito aos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário e Eclesiástico.

Paulo Lobo era um líder nato. Como ninguém, ele sabia usar da sua influência para projetar a imagem de Santo Estevão de forma positiva.

Na sua vida empresarial, tinha capacidade de assumir riscos e disposição para tentar o que não foi tentado antes. Gerenciava mudanças e negociava com diplomacia. Tinha uma percepção sutil do que era justo e um profundo respeito aos princípios.

Na vida social era um permanente cavalheiro. Um mestre na arte do bem receber. A sua residência era quase que uma extensão do Palácio dos Cardeais, pelo fato de tanto hospedar membros da Igreja que visitavam Santo Estêvão. - Paulo Lobo era um anfitrião impecável.

Enganam-se, portanto, os que imaginam Paulo Lobo, um Ex-Prefeito e comerciante do ramo de Ferragens, tão somente. De posse dos documentos que compravam a veracidade, pincei alguns títulos e cargos mais importantes, assumidos pelo meu tio Paulo da Silva Lobo.

Então vejamos:

No dia 06 de junho de 1931, o Interventor Federal Artur Bernardes, através da Secretaria do Interior e Justiça da Bahia, lhe nomeou Presidente do Conselho Consultivo do Município, em substituição ao Monsenhor Odulfo de Almeida Figueiredo.

No dia 29 de agosto de 1932, o Prefeito Municipal de Santo Estêvão, JOÃO MAGALHÃES DE ALMEIDA, aceitou o projeto de Paulo Lobo, Presidente do Conselho Consultivo da Cidade, para mudar a Feira Livre de domingo para sábado.

No dia 21 de março de 1934, a Secretaria do Interior, Justiça, Instrução, Saúde e Assistência Pública da Bahia, nomeia Paulo Lobo para o cargo de Juiz de Paz do Município de Santo Estêvão.

No dia 14 de agosto de 1934, a Secretaria de Educação, Saúde, e Assistência Pública da Bahia, nomeia Paulo Lobo para cargo de Delegado Escolar do município de Santo Estêvão através da Portaria: Número 1948.

No dia 06 de Junho de 1936, a Secretaria do Interior, Justiça, Instrução, Saúde e Assistência Pública da Bahia, nomeia para o segundo mandato, Paulo Lobo, para o cargo Juiz de Paz do Município de Santo Estevão.

No dia 18 de novembro de 1937, a Secretaria do Interior e Justiça da Bahia, através da portaria Nº 20, nomeia Paulo Lobo para o cargo de Primeiro Suplente de Pretor, do Município de Estêvão

No dia 10 de maio de 1939, a Secretaria de Educação, Saúde, e Assistência Pública da Bahia, nomeia Paulo Lobo, para cargo de Delegado Escolar do Município de Santo Estêvão por mais um mandato.

No dia 10 de janeiro de 1940, a Secretaria do Interior e Justiça da Bahia, nomeia Paulo Lobo, pela segundo mandato, para o cargo de Primeiro Suplente de Pretor.

No dia 04 de maio de 1944, a Câmara Eclesiástica da Santa Sé, Vaticano, através do Arcebispo Primaz do Brasil, Dom Augusto Álvaro da Silva, nomeia Paulo da Silva Lobo para o cargo de Procurador Geral da Paróquia de Santo Estevão. Papa Pio XI

No dia 06 de maio de 1944, o Interventor Federal da Bahia, Artur Bernardes, nomeia Paulo da Silva Lobo para o cargo de PREFEITO MUNICIPAL DE SANTO ESTEVÃO.

TRES VEZES VEREADOR E 02 VEZES PRESIDENTE DA CÂMARA.

1. No dia 19 de janeiro de 1948, toma posse como VEREADOR, eleito pela UDN com 125 votos.

2. No dia 11 de dezembro de 1950, toma posse como VEREADOR, eleito pala UDN, com 106 votos.

3. No dia 19 de março de 1955, toma posso como VEREADOR, eleito pela UDN, com 338 votos.

Além dos cargos citados, assumiu também, com galhardia, os cargos de Correspondente do Banco do Brasil; Presidente da Irmandade de São Vicente de Paulo; Presidente de comissão de festa do padroeiro por vários anos consecutivos e Presidente do Conselho Comunitário de Santo Estevão.

Paulo Lobo foi tudo isso e muito mais: Sabia harmonizar as palavras, os sentimentos e as ações, instrumentado por princípios. Era um virtuoso sacerdotal. A sua virtude maior era a generosidade. Tinha uma disposição congênita para fazer o bem e importar-se com os outros.

Disse o poeta que um homem ético faz maioria e sua história. Paulo Lobo escreveu a sua história na política como construtor de caráter, semeador de atitudes nobre e amigo confiável…

Despediu-se da vida, mas deixou um grande legado. Os que nunca tiveram outro interesse senão o da moralidade e da honradez, jamais contestaria a grandeza dos seus feitos.

Lembrar os seus valores pessoais é importante. Entretanto, reconhecer e agradecer pelos seus feitos, trará um ambiente mais favorável à nossa história.

Só a extrema pobreza espiritual seria capaz de desconhecer as qualidades do Senhor Paulo Lobo. Este meu escrito é, também, um testemunho pessoal: É miséria morrer de fome nas favelas. Mas é miséria também, deixar o espírito morrer à míngua da honestidade de proclamar o que há de grande e belo nas ações humanas.

"... E tudo que é efêmero se desfaz. E ficaste só o legado de Paulo Lobo, que é eterno".

Manoel Lobo - outubro de 2023.

Manoel Rocha Lobo
Enviado por Manoel Rocha Lobo em 13/12/2015
Reeditado em 21/10/2023
Código do texto: T5479241
Classificação de conteúdo: seguro