POVO GAUCHO.... PARABÉNS POR MANTER A TRADIÇÃO TÃO LINDA...

Vivendo e aprendendo que cada povo tem a sua cultura e o Gaúcho preza muito as suas festas e que todos se vestem a caráter inclusive as crianças de prenda e os meninos de bombacha e botas e formam casais e dançam suas danças típicas do folclore nas festas de CTG, vide abaixo para conhecer um pouco da tradição das danças típicas do sul ...

- Anu: Dançada primeiramente em Portugal, caracteriza-se por ter duas partes bem distintas, a primeira, um minueto (dança de caráter cerimonioso) e a segunda, o sapateio (parte alegre, viva). É dançada com pares soltos. Gozou de alta popularidade em meados do século passado.

- Balaio: Contribuição dada pelos açorianos, teve bastante aceitação pelo povo brasileiro em geral. Na coreografia as mulheres giram rapidamente sobre os calcanhares e se abaixam fazendo com que o vento se embolse nas saias, dando aspecto, de um balaio. Dança-se com pares soltos e independentes. Caracterizada pela formação de duas rodas.

- Cana-verde: Dança de roda vinda de Portugal, tornou-se popular em todo Brasil, cada estado adotou sua variante da original, caracteriza-se pelas trocas de pares da direita e da esquerda.

- Caranguejo: Não se sabe ao certo a origem dessa dança de roda, sabe-se apenas que há referências desde o séc. XIX, caracterizada pelo balancê das prendas e pela troca constante de pares.

- Chico Sapateado ou Chiquinho: Apresenta coreografia em que ora o par se enlaça, normalmente pela cintura como nos dias atuais e executa passos de polca, ora tomam-se pelas pontas dos dedos da mão direita e realizam giros e sapateios.

- Chimarrita: Trazida pelos açores, com o nome de “Chimarrita”, passou da coreografia de pares enlaçados (dançava-se uma mistura de xote e valsa) a atual coreografia, caracterizada por fileiras opostas de peões e prendas que encontram-se e desencontram-se num ritual de namoro, passando a chamar-se de “Chimarrita”.

- Chimarrita-balão: Semelhança com a tradicional “Chimarrita” só no nome. É assim chamada pôr ser uma dança de roda, em forma de balão, durante a dança os pares e a roda giram juntos.

- Xotes Carreirinha: Do francês “schothisch”, veio para o Brasil devido a necessidade de danças de pares enlaçados. O carreirinha foi muito dançado aqui no Sul, é uma das mais simples coreografias dos xotes. Como a rancheira caracteriza-se pelos passos de juntar da chamada “Carreirinha”.

- Xote das Setes Voltas: A peculiaridade dessa dança, o próprio nome já diz, as setes voltas que o par deve realizar na valseadinha da dança, girando num sentido, e de imediato, em sentido contrário.

- Xotes de Quatro Passi: Outra variante dos xotes, de origem italiana, conserva-se ainda hoje a letra da melodia.

- Xote Inglês: Suas características dão a impressão de ser tema do ciclo dos Palácios Europeus. Como o Anu e a Quero-mana, divide-se um duas partes, a primeira, cerimoniosa, a segunda, um xote bem descontraído.

- Xotes de Duas Damas: Essa é uma dança excepcional, não só no meio gauchesco mas também no meio universal, pois um único homem dança com duas mulheres ao mesmo tempo.

- Maçanico: Uma das danças mais alegres do Rio Grande do Sul. É uma coreografia de fácil aprendizagem. Pôr suas características, diz-se que foi trazida pelos portugueses, principalmente à Santa Catarina e depois ao Rio Grande Do Sul. O nome advém de uma ave sul brasileira de nome “Maçanico”

- Meia-canha: Dança em que se postam, homens e mulheres em círculo a rodar. Sua principal características são as trocas de versos.

- Pau-de-fitas: Considerada a “dança universal”, a origem dessa marca tão difundida, se desconhece. No Brasil, dançava-se a “Dança das Fitas” nas Festas de Reis, cada Estado adotou um nome próprio e figuras diferentes. No RS, dança-se atualmente três figuras: a trama, a trança e a rede de pescador.

- Pezinho: A dança mais popular do folclore rio-grandense. É uma dança simples de caráter totalmente contagiante. Caracteriza-se pela obrigatoriedade dos pares cantarem a melodia a não apenas executarem os passos.

- Quero-mana: Tornou-se popular também em SC e PR, quando estavas prestes a desaparecer, adquiriu uma força vital que a fez perdurar. Assemelha-se com o Anu, a primeira parte, um minueto e a segunda, um bate-pé executado por peões e prendas.

- Rancheira de Carreirinha: A rancheira foi muito popular no Uruguai e Argentina. Caracteriza-se pela “carreirinha” que são passos de juntar, nessa, a letra da música, é um convite a bailar a rancheira – Vem cá, vem cá, minha linda gauchinha. Pra nós, dançar, rancheira de carreirinha.

- Rilo: Vinda da Escócia, tornou-se popular no RS em meados do séc. XIX, dançada em roda, é uma coreografia de três figuras básicas, onde há troca de pares constante. É uma dança onde deve-se expressar alegria e vivacidade.

- Roseira: Dançada em roda, com pares dependentes, assemelha-se com a “Chimarrita-balão”, dançada num ritmo mais lento, compreende duas figuras básicas: a roseira e o xote.

- Sarrabalho: De origem Ibérica, é dançada com pares soltos, caracteriza-se pela dama acompanhar o cavalheiro no bate-pé (sapateio), ambos usam os movimentos da castanholas.

- Tatu “com volta no meio”: O tatu caracteriza-se pôr ser uma história contada em versos – Eu vim pra contar a história de um tatu que já morreu, passando muito trabalho pôr esse mundo de Deus … – é dançada pôr pares independentes, chama-se “com volta no meio”, pelos giros que a prenda faz durante a voltinha no meio.

- Tatu de Castanholas ou Tatu Novo: Diferencia-se do outro tatu por ser uma dança de pares soltos e independentes. Originou-se no 35 CTG, sua principal características é o sapateio executado pelos peões, um sapateio fixo e dinâmico.

- Tirana do lenço: De origem espanhola, é dançada ora com pares soltos ora com pares ligados pelo lenço. Existem vários tipos de tirana. As mais conhecidas são a “Tirana do Ombro”(peões e prendas tocam-se nos ombros) e a “Tirana do Lenço”(peões e prendas acenam lenços em gestos amorosos), hoje a atual tira na dançada no Estado.

Amigos e trecheiros que adoram dançar e querem aprender aproveite e curta as festas do CTG, pois existe muitos CTG nos estados do Sudeste ... de S. Paulo até o Rio Grande do Sul ...

Agradeço a cooperação das informações precisas para que quem goste possa aprender e possa transmitir aos seus filhos que o Brasil precisa sim, conservar suas raízes e mostrar a sua cultura, seja na dança, na música, ou até mesmo no folclore das crendices populares...