RIO DOCE... ( Tributo )
Rio Doce...
Querido rio...
A lama que escorre em tuas águas
Em nada lembra o MEL
Que te deu o nome de origem...
Rio Doce...
Agora o que corre em teu leito
É apenas o amargo do FEL
Da ganância e irresponsabilidade,
Daqueles que não poupam esforços
Pra obter vantagens e o lucro fácil
Pra conseguir o que querem
E passam por cima de um tudo!
Vidas... direitos... sonhos... esperança...
De um povo sofrido
Ao qual só lhe resta...
Chorar e enterrar seus mortos e sonhos...
E como já disse um poeta
Cancioneiro popular brasileiro:
*** Eh! Vida de gado! Povo marcado!
Eh! vida de gado! Povo sofrido e infeliz!
Eh! vida de gado! ***
Ao nosso povo só resta
Feito o gado tangido seguir
Sempre em frente...
Na esperança de um dia voltar a ter
Um lugar pra chegar
E chamar de lar...
Meu rio Doce...
O povo Brasileiro chora a tua morte
Enquanto a Mãe natureza ... pobre coitada...
Mais uma vez...
À tirania dos gananciosos
Vai sucumbir... e levar muito tempo...
Pra conseguir reagir... ( se conseguir )
E durante todo este tempo,
A tua beleza e fartura
Não vão mais aos nossos olhos alegrar
E nossos filhos e netos
Em suas aguas não poderão
Pescar... se banhar... nadar... brincar...
Ah! meu rio Doce...
Simplesmente só nos resta
Infelizmente por ti, lamentar e chorar
Pois o teu leito de repente...
Deixou de ser D O C E
Pra virar apenas... M O R T E...
Que pena meu... R I O DO C E ! ! !
Flor de Lyz
08 de dezembro de 2015