ESTOU COMPLETANDO, HOJE (8/11/2015), 55 ANOS DE VIDA!
Quando me pego conversando com a juventude mais antenada, de igual para igual, sem perceber a diferença de idade entre nós, concluo que minha reserva de vida é muito grande.
Na minha mente a evolução da humanidade é bem clara e, também suas consequências, tanto as boas quanto as nem tanto assim.
Não me iludo com grupos de pessoas desesperadas, que se agrupam tentando se esconder da vida e, nestas horas, não se incomodam em passar por cima de tudo e de todos.
Consigo ver em cada segundo um motivo para viver e, para tanto, uso as experiências adquiridas, da melhor forma possível. Deixo os sentimentos me invadirem por dentro, mas, quando sinto o perigo rondando, consigo barrar suas ações com pulso e dignidade que ainda tenho com fartura.
Vejo claramente o quanto sou surpreendente e, também, o quanto isso incomoda aos incomodados e desnorteados, mas, também sinto e procuro aproveitar ao máximo, quando me deparo com os sedentos de conhecimentos, que buscam com brilho nos olhos, viver a vida da melhor forma possível. Neste momento procuro ajudar compartilhando meus conhecimentos, sem pestanejar e, com um prazer inigualável.
Minhas falas e ações estão apontadas para a cara das coisas boas, não querendo negar a existência do ruim, exerço apenas o poder do livre arbítrio que possuímos.
Dizem que a vida é curta, mas, também, dizem que a vida é eterna. As vezes isso dá um nó na minha cabeça, no entanto, na dúvida, trabalho com as duas hipóteses, ou seja, vivo intensamente os momentos, imaginando que eles serão para sempre..
Tive boas oportunidades nos negócios e na vida profissional, após ter conseguido a duras e suadas penas, ter cursado a universidade, me graduando em engenharia mecânica. No entanto, isso não me fascinou, realmente não conseguir ser um acumulador de bens. Sei que para muitos, eu devia estar contente por ter um emprego, ser um dito cidadão respeitável, mas, preferi seguir meus sentimentos, sem abandonar as responsabilidades que me foram dadas pela vida que escolhi e, que nem tanto assim.
As farras e orgias, com bebidas, sexo, drogas e “rock and roll” NÃO fazem parte de minhas histórias, pois preferi; ter bons e duradouros amigos (e consegui este feito); tocar meu violão em vários ritmos e, lógico que o rock and roll foi e é um deles; rir ao máximo possível nos vários encontros e nos vários locais que tive a oportunidade de conhecer; ajudar na construção de uma família que pudesse merecer fazer parte da vida que tanto amo.
Peço desculpas aos que valorizam o fator econômico na vida das pessoas, mas, eles não me comoveram, mesmo tendo sido concreto a possibilidade para me desenvolver neste sentido. Lamento informar, ainda não consegui me arrepender de minhas conscientes escolhas.
Na realidade fiz e faço como o “vendedor de flores, que ensina seus filhos a escolher seus amores...”.
Como resultados destas escolhas, acumulei um patrimônio incalculável de experiências, reconhecimentos, amizades e, em particular fui e sou parceiro, no que considero meu maior e insuperável empreendimento, minha família.
Quando olho para aqueles que compartilho diretamente meus dias, ou seja, minha mulher e filhos e, percebo que a tendência ao envelhecimento mental é muito pouca, isso muito me eleva. Quando vejo que passamos com facilidade por toda e qualquer situação e, apenas o dinheiro é nosso desafeto, me tranquilizo. Quando percebo que o preconceito e a tendência a seguir correntes, sem participar, não fazem parte de nossas práticas, vou às nuvens.
Não sou feliz, sou pessoa e, é assim que penso e ajo. Não sei quanto tempo ainda falta, mas, pela vontade que tenho de viver e aprender, uma eternidade pode até ser suficiente, mas, vai caber minha vida de forma bem apertadinha...