*27/10/2006 *27/10/2015 (amor não é assim)
Em homenagem a você que talvez tenha imaginado que eu estaria sempre disponível,presa a um evento único,agarrada a uma lembrança já bem desbotada de nós, uma breve tarde em que a única coisa verdadeira era eu com minha ingenuidade e carência. Dedico uma justa homenagem póstuma ao sentimento que um dia ousei chamar de amor.
Aquilo que ficou tão fortemente marcado,hoje não passa de um leve movimentar de folhas de um calendário velho ..
Nesse dia jaz um amor sincero por um alguém que nunca existiu,a não ser nas minhas ilusões. "Antes tarde do que nunca",(bebes tu do teu próprio veneno). E hoje sei que amar é uma dádiva,digna das pessoas envolvidas em seu crescimento e evolução,compromissadas com sentimentos elevados e sinceros,coisa que você na sua alienação jamais compreenderá.
Tudo quanto sofreres daqui por diante será por puro mérito seu,hás de colher com exuberante fartura tudo o que tens plantado. E eu sob a fria lápide virtual criada aqui prometo trazer flores todos os anos,não para lastimar,mas sim para celebrar a minha libertação.
(texto extraído da peça teatral da minha autoria "Amores do Avesso".