VESTIR VERMELHO

À noite sinto-me só...

Coração apertado como um nó na garganta,

Cerco-me de revistas, livros, crochê; vejo TV e ainda escrevo!

Tantas coisas para preencher esse vazio, me fazem companhia.

Penso em arranjar um namorado, no momento só um namorado é o que desejo.

Culpas afloram do desejo, proibido por se pagar uma pena, morrer eternamente...

Cobrança irracional, medo itinerante , resultado e vejo agora de uma cultura.

Sinto-me um objeto condicionado, com medo de minhas respostas.

Paralisada para romper e atravessar o que me separa da liberdade,

Como seria portanto, usar vermelho, "pari" um texto e fazer pensar?

Grandes concentrações, opiniões desafinadas , viagem interna, caminhos diversos...

Obstrução no peito, ainda nada elaborado para me tornar livre!

Bom seria se pudéssemos tocar como desbloqueios de aparelhos,

Uma vida para desbloquear e pouco tempo para curtir.

Prisões internas, que chato! Impedem a chegada à um destino.

Hoje sairei de vermelho!

Serei transgressora, rebelde, para ser mais ousada!

Abrirei as portas e caminharei como quem ganha uma guerra.

Gosto de ser bonita, animada...que me olhem como quem sustenta a vida!

No dia que estiver cansada usarei vermelho,

Hoje com certeza!

Ps.: Dormi de camisola vermelha!

Feliz dia das mulheres e coragem para sê-la!

Kênia Costa

kenia costa
Enviado por kenia costa em 22/10/2015
Reeditado em 27/11/2016
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