O Fim da seca! (Tributo ao Sertão/Sertanejo)
A luz da aurora nascia, e surpreendentemente os céus cantava em meu telhado,
e mesmo com toda claridade vinda das alturas, sifônia de vida se ouvia, e se via a vida cair na terra.
A terra que tão morta estava, agora exala o perfume da vida, o cheiro da terra molhada.
O cheiro se exalava, corria por sobre o vento, anunciava aos quatro cantos as novas do momento.
O sabiá já desvalido, agora canta em pleno pulmões como dando alaridos, pelo meio do serrado e da catinga fechada como que anunciando que não morreu e apesar da seca medonha, sobreviveu, e está bem vivo.
Com ele vai se ajuntando outros tantos que outrora pereciam, se juntam e vão se alinhando e embelezando a sifônia que do céu caia.
Logo mais as tantas, depois de um continuada orquestra de gratidão,quando já vai se acalmando a sifônia do céu, é possível ver a melodia que vem do riachão, que antes eco coitado era só tristeza, não tinha água pra passarinho, muito menos pro gado, agora todo revigorado corria que era uma beleza, de tão formoso que ficou parecia gente da realeza.
Quando vejo tudo isso me admira a gratidão, por todos que compõe a natureza no meio do meu sertão.
Sabendo reconhecer a grandeza da quele que lhe dar o pão.
Por isso Viva Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que não nos deixa sem aparo sem a vida e sem água no riachão.