Simplesmente José
Em suas mãos calejadas
As marcas de um vencedor,
Trabalhou com garra e coragem
Derramou no chão o suor
O dia todo na beira da estrada
Trabalhava de servente,
Fazia roçadas, tampava buracos
Enfrentava o sol quente
Seu José viúvo e aposentado
Não teve filhos para criar,
Nem por isso se fechou
Em seu mundo a lastimar
Na simplicidade de sua vida
Encarou a solidão,
Gostava de um bate papo
Enrolava o picadão
Relembrava tempos atrás
Das caçadas e pescarias,
Sempre contava uma história
Novidade sempre trazia
Tinha o dom da perfeição
Muitas coisas ele fazia,
Do bolso tirava o cachimbo
Com orgulho exibia
Com uma folha de aço
Três rebites, uma madeira,
Batia firme com o martelo
Estava feito uma peixeira
Improvisava e moldava tudo
Fazia chave, banquinho e portão,
Tinha olhar de garimpeiro
E as mãos de um artesão
Mas quando a idade chegou
Não conseguia mais trabalhar,
A última obra que fez
Foi a bengala para apoiar
Mas ainda queimava as panelas
Franguinho caipira, arroz e feijão,
No quintal, tinha ervas caseiras
Poejo, hortelã e manjericão
Passava o dia dentro de casa
Rodeando mesa e fogão,
Certo dia sentiu uma fraqueza,
Desequilibrou-se indo ao chão
Gritou por socorro apoiado na mesa
Logo alguém apareceu,
O vizinho chega correndo
O que foi que aconteceu
Com ajuda levantou-se
Mas de dor ele gemia,
Sentiu a fratura na perna
Ficar em pé não conseguia
Não havendo outra saída
Para o hospital foi encaminhado,
Lá passou por cirurgias
Quase um mês ficou internado
Seu estado complicou
Muita dor no ferimento,
Seu pulmão estava fraco
Foi o fim do sofrimento
Fechou os seus olhos azuis
Deixando muitas saudades,
Com certeza hoje vive feliz
Junto ao pai na eternidade
Sua passagem aqui na terra
Deixou as marcas de um cristão,
Deu exemplo de força e coragem
Nunca soube dizer não
Em sua humilde casinha
Um quarto fechado,
Um segredo fazia
A chave estava escondida
O mistério ninguém sabia
Só depois de sua morte
Veio a revelação,
Muitas fotos amareladas
Pertences de sua amada
Lembranças de uma paixão...
Em suas mãos calejadas
As marcas de um vencedor,
Trabalhou com garra e coragem
Derramou no chão o suor
O dia todo na beira da estrada
Trabalhava de servente,
Fazia roçadas, tampava buracos
Enfrentava o sol quente
Seu José viúvo e aposentado
Não teve filhos para criar,
Nem por isso se fechou
Em seu mundo a lastimar
Na simplicidade de sua vida
Encarou a solidão,
Gostava de um bate papo
Enrolava o picadão
Relembrava tempos atrás
Das caçadas e pescarias,
Sempre contava uma história
Novidade sempre trazia
Tinha o dom da perfeição
Muitas coisas ele fazia,
Do bolso tirava o cachimbo
Com orgulho exibia
Com uma folha de aço
Três rebites, uma madeira,
Batia firme com o martelo
Estava feito uma peixeira
Improvisava e moldava tudo
Fazia chave, banquinho e portão,
Tinha olhar de garimpeiro
E as mãos de um artesão
Mas quando a idade chegou
Não conseguia mais trabalhar,
A última obra que fez
Foi a bengala para apoiar
Mas ainda queimava as panelas
Franguinho caipira, arroz e feijão,
No quintal, tinha ervas caseiras
Poejo, hortelã e manjericão
Passava o dia dentro de casa
Rodeando mesa e fogão,
Certo dia sentiu uma fraqueza,
Desequilibrou-se indo ao chão
Gritou por socorro apoiado na mesa
Logo alguém apareceu,
O vizinho chega correndo
O que foi que aconteceu
Com ajuda levantou-se
Mas de dor ele gemia,
Sentiu a fratura na perna
Ficar em pé não conseguia
Não havendo outra saída
Para o hospital foi encaminhado,
Lá passou por cirurgias
Quase um mês ficou internado
Seu estado complicou
Muita dor no ferimento,
Seu pulmão estava fraco
Foi o fim do sofrimento
Fechou os seus olhos azuis
Deixando muitas saudades,
Com certeza hoje vive feliz
Junto ao pai na eternidade
Sua passagem aqui na terra
Deixou as marcas de um cristão,
Deu exemplo de força e coragem
Nunca soube dizer não
Em sua humilde casinha
Um quarto fechado,
Um segredo fazia
A chave estava escondida
O mistério ninguém sabia
Só depois de sua morte
Veio a revelação,
Muitas fotos amareladas
Pertences de sua amada
Lembranças de uma paixão...