Flau
“Falar sobre “quem sou eu”,
é como tentar congelar o vento para observá-lo.
O máximo que poderíamos obter com tal certeza
seria o mais brilhante dia de neve.”
*
“Sabia?
A formação natural
que mais perto conseguiu nos definir
são nossos ossos;
Esses,
ouvidos por quem os pode ouvir
- ressonantes contadores de ancestralidades -
insistem por conter o passado em seu cerne
para que o presente possa ser vivido sempre:
um dia após o outro!”
*
Agora sobre como é teu olhar... Difícil de contar
É aquele olhar que conhece o vento desde menina...!
que conheceu e brincou com cada cor do arco-íris
e naturalmente recorda, por carinho, do nome que as cores tinham.
Um olhar que quando vê na cidade o Cinza imperador
Olha-o com compaixão por saber que sofre com a dor
da saudades de seus irmãos.
e às vezes sonha a olhar para uma cidade de harmonia
onde encontrará toda a família... pra brincarem de novo!
Brincar de fazer travessuras, brincar de fazer poesia...
*
...mas às vezes a Flávia reencontra as suas amizades;
e conseguem matar as saudades.
reencontra nos olhares
das pessoas apaixonadas,
nas suas palavras,
nos seus suspirares
...E um pouco, as cores nos contam de Flávia:
“ela carrega um conto, da moeda, do ouro, do pote, do fim... do arco-íris.”