GOGÓ DA EMA (republicação)
Tempos da virgem natureza
Dos mares de praias tão plenas!
Poesia que sorvia a beleza
Das curvas do Gogó da Ema!
Proezas lá das Alagoas
Dentre seus belos coqueirais
Qual idos tempos das garoas
Que aqui já não vemos, jamais!
De toda biodiversidade
Dos ecossistemas diversos
Agora pontuam as cidades:
Saudades, nossos versos reversos.
No esse do Gogó da Ema
Pousavam gaivotas elegantes
Recanto de toda liberdade
Que agora não é como dantes!
As "paias" da Palmeira frondosa
Aonde dormiam os pardais
Balouçam em tempos distantes...
São berços dos nossos ancestrais.
São ícones dos tempos dourados
O Tal não é verso gogó!
É fato à beira dum relato.
Dos mais belos de Maceió!
Registro meu verso alusivo
Aos "esses" de todos os coqueirais
Que das Alagoas em viço
Enfeitam seus tesouros atuais.
Nota: esse poema me surgiu dum desafio poético proposto por uma amiga. Ela conta que o GOGÓ DA EMA foi uma Palmeira de caule em forma de "S" que existiu em Maceió, sua terra natal, nos meados do século XX e que atualmente dá nome a uma praia de lá.