MISSIONÁRIO DO BEM... II (Reminiscências).
Não recordamos exatamente o ano em que este fato ocorreu, acreditamos que aconteceu nos primeiros anos de 90. Na época, participávamos no Atendimento Fraterno de uma instituição Espírita, a tarefa era feito em conjunto com mais uma pessoa e o horário habitual era das 20h00min as 10h00min, as terças feiras, eventualmente poderia exceder em mais alguns minutos mais...
Primeiramente, a pessoa que procurasse este atendimento, preenchia, junto com a voluntária da recepção, - senhora Deyse. - uma ficha, com resumidos dados que facilitava a tarefa daqueles que iriam fazer o diálogo fraterno; alguém que exercesse uma profissão mais simples deveria receber palavras adequadas ao seu entendimento, já uma pessoa formação mais “elevada”, o diálogo poderia ser com palavras que se coadunassem com sua formação profissional, mas o objetivo era o mesmo, dar ao atendido palavras que viessem ao encontro de suas necessidades existenciais do presente momento, pois a “dor” e “lágrima”, não escolhem classe social...
Naquela longínqua noite, em não lembramos a data precisa, entra na sala uma senhora de boa aparência, cuja idade poderia ser de aproximadamente de 40 anos, após as palavras iniciais ela conta que ainda se encontrava traumatizada com o prematuro e inesperado desenlace de sua filha adolescente; houvera um acidente automobilístico com a família, com uma vítima fatal, sua filha...
Repentinamente nos mostrou uma “carta”, com letras grandes e “espaçosas”, numa evidência que aquele que servira como “carteiro do além”, escrevera com uma rapidez fora do comum; na realidade ele fora o intermediário dos dois “planos”, servira de “ponte”, para que sua filha escrevesse, com detalhes, sobre alguns dias como se tivesse um “pressenti mente que antecederam o fatídico acidente, totalmente desconhecidos pelo médium*, esta foi à primeira vez que tomamos conhecimento deste Missionário do Bem...
A “carta” nos cedeu, provisoriamente, e foi colocada na escala mensal de trabalhos da instituição; por último nos contou estavam vivendo momentos difíceis; houve a separação conjugal, em a família teve que se adequar a uma nova realidade econômica; do carro de “luxo”, ao Fiat 147...
Estas lembranças vieram a nossa mente quando ontem acessamos: jornalespiritamontecarmello.blogspot.com.br do dia 01 de março; vamos transcrever alguns tópicos do artigo de Luiz Correia; com título: Simples Homenagem ao Médium *Celso Almeida Afonso.
“Celso de Almeida Afonso, 72 anos, nascido em Araxá-MG, faleceu na madrugada de tersa-feira,(27). O espírita que era aposentado na função de ourives em Uberaba, as sexta e segunda-feiras, trabalhava no Centro Espírita Aurélio Agostinho, localizado no bairro Fabrício, em reuniões de psicografia, onde, há mais de 50 anos, praticava a mediunidade.Celso psicografou mais de 30 mil cartas de familiares e editou 34 livro e cinco CD’s, doando todos os direitos autorais a instituições espíritas. Ele foi um baluarte, um grande missionário; cumpriu sua missão com louvor. Celso também trabalhou com o médium Francisco Cândido Xavier. As pessoas consideravam-no um sucessor do Chico, mas ele afirmava que “era apenas um aluno de Chico Xavier”.
Com estas sucintas palavras prestamos nossa homenagem, a este médium que soube com denodo e persistência cumprir a missão que viera predestinado; nos últimos meses de existência terrena, envolvido por uma enfermidade irreversível, que acabaram exaurindo suas forças; numa prova que mesmo aqueles trabalham exaustivamente para o bem; tudo isto, porém, não os inibe do sofrimento inerentes a esta dimensão, quem sabe para “provar” a paciência e a resignação, - e dar um exemplo para os que ficam. - para a definitiva ascensão...
Certamente, liberto, Celso está, “livre”! Pois o bem que espargiu são as “luzes” que “iluminaram” os caminhos de muitos e agora revertem para ele próprio; que através de suas abençoadas mãos que escreviam constantemente, dando a “prova”, que a vida continua que “morrer” é somente mudar de dimensão, para melhor ou para pior tudo depende dos atos de cada um...
Curitiba, 11 de abril de 2.013 - Reflexões do Cotidiano - Saul
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