Morreu ontem o algoz da final de 1950.
 
Ele faleceu na data de aniversário do jogo tão triste para o Brasil.
Naquela partida histórica a esperança brasileira foi sepultada pelo gol de Ghiggia, calando a emoção que inundava o Maracanã lotado.
A vontade de festejar a primeira Copa do Mundo cedeu lugar ao enorme desencanto o qual fez nascer um trauma jamais esquecido.
 
Apenas um protagonista daquele jogo ainda estava vivo.
Ontem, com a morte de Ghiggia, desapareceram todos os personagens principais, o enredo trágico não possui mais seus grandes atores.
A nova página do Maracanaço talvez seja derradeira.
 
Ano passado o brasileiro retomou a esperança de desfazer a ferida que Ghiggia causou, porém uma amargura bem pior veio à tona.
O episódio humilhou demais a animada torcida, deixou nosso futebol no chão e definiu um momento muito difícil de apagar.
 
O uruguaio Ghiggia recebe nossa modesta homenagem.
O Brasil precisa refazer revelando uma concreta coragem.
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 17/07/2015
Reeditado em 17/07/2015
Código do texto: T5313745
Classificação de conteúdo: seguro