Avesso do ser

E ela é assim, coração na ponta da caneta,

É repórter dos teus próprios sentimentos,

Veicula-os no papel, até no rabo do cometa,

Desenha imagens com os dedos aos ventos.

Ela se avessa quando escorre em poesias,

Faz-se amor e é liberdade ao se expressar,

É olhar, silencio; solidão e tantas fantasias,

É busca, é constância, perfume no caminhar.

A tristeza faz visitações, sem ser convidada.

A caça pelo melhor é bem mais forte que isso,

Então: o amor é o seu maior compromisso.

Ela é assim, se joga nas letras: descontrolada.

É todo o seu ser se “avessando”, vindo à tona,

Simples assim: a poesia é sua devoção e dona.

Uberlândia MG

http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/

(à Lucilaine de Fátima)

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 26/06/2015
Código do texto: T5290494
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