Avesso do ser
E ela é assim, coração na ponta da caneta,
É repórter dos teus próprios sentimentos,
Veicula-os no papel, até no rabo do cometa,
Desenha imagens com os dedos aos ventos.
Ela se avessa quando escorre em poesias,
Faz-se amor e é liberdade ao se expressar,
É olhar, silencio; solidão e tantas fantasias,
É busca, é constância, perfume no caminhar.
A tristeza faz visitações, sem ser convidada.
A caça pelo melhor é bem mais forte que isso,
Então: o amor é o seu maior compromisso.
Ela é assim, se joga nas letras: descontrolada.
É todo o seu ser se “avessando”, vindo à tona,
Simples assim: a poesia é sua devoção e dona.
Uberlândia MG
http://raquelordonesemgotas.blogspot.com.br/
(à Lucilaine de Fátima)