À Vida

Eu não tenho mais a força física de menino

E pós-adulto nem os sonhos me guiam mais.

Houve a época da fartura e nela com os sonhos realizados

Pipocavam os foguetes, aríetes da felicidade que parecia eterna.

Com o tempo os campos se desfazem e as flores caem

Nós mesmos criamos pinguelas

E andamos hoje sobre cachoeiras de lágrimas

Súbitas e avassaladoras torrentes de emoções.

Lembrar o passado e reviver

Transformar o choro de alegria em gemidos escalonados de dor.

O Coração e o Tempo são um só guia, magistralmente

Levanta o homem, mas derruba o pedestal.

Sementes não se repetem.

É preciso sempre amadurecer o fruto e tem o tempo certo.

Quando ainda verde cheio de vaidades

Rimos do tempo e depois percebemos que ele calado ria de nós.

Que venha a humildade sem dores e que seja há tempo de ver novos nascimentos feitos com o mais puro amor.

Robertson
Enviado por Robertson em 24/06/2015
Reeditado em 24/06/2015
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