A POESIA ANTIGUANA DE ALTHEA ROMEO MARK
O POEMA...
MANÁ
Cai a chuva.
Volumosas gotas transparentes
marcam a terra poeirenta.
Telhados enferrujados dos assentos do mercado
protegem os úmidos e retardatários
tomados de surpresa.
Uma agitada massa marrom
de formigas aladas
fascina a noite.
Hipnotizadas
pelo brilho das luzes da rua
se aglutinam em direção ao brilho.
Asas crepitantes.
são precipitadas ao chão
como anjos caídos.
Com a primeira luz da manhã
dedos marrons escavam a terra molhada;
baldes empilhados de formigas sem asas.
Risos e alegria ressoam na aldeia Africana.
limpam as retintas lareiras de pedra a partir das cinzas de ontem.
São jogados galhos secos que se incendeiam.
As mãos abanam com papelão
Para dar início a grandes fogueiras.
As colheres de madeira removem o sujo das panelas de ferro.
As formigas são torradas, se reinventam e tornam-se
um banquete temperado e crocante
caído do céu.
Tradução: Guilhermo Favaro Pez
...E A POETA
Althea Romeo Mark, antiguana de Saint John’s, poeta, novelista e educadora, no convés da fragata desde 1948, fez seus estudos universitários de educação em inglês e literatura americana moderna. A escritora viveu em vários países como os Estados Unidos, Libéria, Inglaterra e Suíça. Publicou ao longo de sua carreira literária alguns livros de poesias, como: The Silent Dancing Spirit, 1974; Palaver: West Indian Poems, 1978; Two Faces, Two Phases, 1984 e Beyond Dream: The Ritual Dancer, 1989. Seus poemas e outros escritos têm sido incluídos em várias publicações, sendo alguns deles encontrados na grande rede. Antígua e Barbuda, este pequeno país caribenho (um arquipélago constituído de 37 ilhas) nos deu essa excelente poeta que continua a nos brindar com o seu belo trabalho literário.