Era uma vez um padre muito simpático... 
Não era um padre ranzinza, aquele chato
Sempre querendo fazer sermões demorados
Não! Espalhava sorrisos, o preferido prato
Eu aceitaria até revelar os erros praticados
Confessar um, dois, três ou todos os pecados
Boa farra, o pulo sapeca escalando o telhado
Gostosa folga, soneca, roncando, sono pesado
Vaidoso contar radiante a animada aventura
Beijar a menina bastante paquerada. Fofura!
 
Era uma vez um vovô porreta, bacana, jovial... 
Traria satisfação ser o neto desse ancião querido
Com ele a vida simples tinha um mágico sentido
Reunidos curtíamos ouvir seus alegres exemplos
Contos fantásticos, romances avançando o tempo
Sentir o coração bater confiante olhando o mundo
Cada belo sonho o qual realizou amando profundo
Entender melhor nosso destino às vezes misterioso
Colorir otimista demais as cenas, o porvir precioso
Notar o quanto vale a pena nutrir o gesto afetuoso
 
Era uma vez a forte vontade de aplaudir novamente
Rever as ótimas atuações deixando o público contente
Tocar a doce fantasia, distraindo, iluminando a mente
Suplicar para ele ficar um pouquinho mais com a gente
 

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Ah! Era uma vez Elias Gleizer...
Um ator brilhante, alma fascinante
Deve rolar uma lágrima nesse instante
 
Bonita saudade segue alcançando a eternidade
Justa felicidade, a arte realçando autenticidade
 
Talento sem altivez, nunca talvez, era uma vez...
Ilmar
Enviado por Ilmar em 17/05/2015
Reeditado em 17/05/2015
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