MAMÃE

Mãe, eu cresci...

Que pena que cresci

Além do que o seu doce colo

Pode suportar.

Mãe, eu cresci

E cresceram em mim

As urtigas e pragas

Que seus dedos frágeis já não arrancam.

Mãe, eu cresci

Acima do seu olhar

(justo a senhora, tão imensa dentro de mim)

Mãe, eu cresci

Inventando nomes para a senhora:

Amada;

Rainha;

Flor;

Meu sol;

Oráculo;

Sustento.

Nada disso me satisfez

Durante a minha caminhada.

Hoje percebo que tudo se irradia

E se concentra numa só palavra

E para essa palavra não há sinônimos,

Posto que sinônimo

Substitui e assemelha.

Nada, nem ninguém a substitui...

Nada nem ninguém se assemelha à senhora.

Portanto, que seja assim simplesmente,

Como a simplicidade

Que lhe desenha a alma:

MAMÃE!

Te amo!!!

Paulo Pazz
Enviado por Paulo Pazz em 09/05/2015
Reeditado em 02/06/2015
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