O RETIRANTE
Miravam no infinito, seus olhos
De lagrimas se inundaram
Requinte e crueldade
Seu destino era marcado
Joelhos no chão
Promessas e jejum
implorando a Maria
Cuida dos filhos um a um
Nas mãos um saco velho
Procurando outra direção
Doze filhos ficavam
Com eles, cabras magras
Poeira, cascalho e desolação
Vários dias e noites
A longa viagem seguia
seus filhos que ficarm
com choro eram lembrados
O susto lhe apoderou
Quando a multidão ele viu
Parecendo formigueiro
Naquela noite não dormiu
Vários anos se passaram
Seu desejo não realizou
Seus filhos ele não mais os viu
Também a sua terra não voltou
Assim com muitos nordestinos
Ela vive de recordações