O GTO

Nó, cheguei a conhecer o GTO - e não foi só. Ganhei até uma peça de escultura sua, na madeira, uma roda da vida que na nossa língua mineira havera bem de valer uns cobre. E dobre, por nobre.

Tinha vindo dos arredores da divina cidade dos Candidés, Dininópolis, meus zés e, pelos rudos pés, em seus arrabaldes ficou, pois no seu centro iluminado vai ver que pouco ou nada pisou.

Não era homem de enfrentar o burburinho da cidade, a gente apressada, paramentada, suas lojas chiques e boutiques, o zanzar dos autos, os asfaltos, e seus sobressaltos. E as muié intão, crem deus-pade, era tentação além da vontade.

Seu negócio, seu baralho, sem barulho ou arrulho, eram suas cartas de paus, tamanho ou forma pouco importava, desde que nelas, quando entrasse o canivete pintando o sete, a cinzel passasse e cada forma, Nessun Dorma..., ganhava vida, irradiando fora de norma. Michelangelo que em algum lugar estais, se tendes concorrente, com humanas correntes, é das Gerais, ó, o Geteó.

Paulo Miranda
Enviado por Paulo Miranda em 17/03/2015
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