LEMBRANDO DOUTOR ZERBINI...
Foi no ano de 1968, como repórter,após dr. Euryclides de Jesus Zerbini ter feito o primeiro transplante de coração no Brasil,na América Latina e também o 2o. no mundo,no velho prédio do Hospital das Clínicas, depois de muita insistência da imprensa em fotografar e entrevistar o paciente transplantado,já com alguma tênue recuperação, o lavrador mato-grossense, João Ferreira da Cunha,mais conhecido como João Boiadeiro,de 23 anos.Antes,diante da platéia de jornalistas apareceu o então o cirurgião pioneiro Zerbini,com seu jaleco branco até os pés,diante do aglomerado de pessoal da imprensa e em voz pausada informou que não devíamos fazer muitas perguntas ao paciente João,que convalescia.
Deveríamos poupar João de qualquer cansaço...
O mestre Zerbini já previa que o João- como assim o chamava- não iria suportar por muito tempo aquele transplante,eis que não existia ainda a medicação apropriada para evitar a chamada “rejeição”.
A platéia obedeceu.Eram mais de vinte jornalistas. Tudo quase ficou nas fotos.Poucas perguntas a João,que se encontrava debilitado.
Para o transplante teve notável equipe médica e João apareceu andando...
Assim como ninguém,sabe-se o grande cirurgião que havia começado com intervenções intracardia em 1945 e que tinha sido,antes, também colega de Christian Barnard,-na Universidade de Minneanápolis(EUA).Sabia que feito o transplantado João não iria durar muito...mas nada falava!
A cirurgia feita em 26 de maio de 1968,em João Boiadeiro,com o doador Luis Ferreira de Barros,um jovem que morreu atropelado.Acidente automobilistico,para variar...Por outro, o paciente João durou só 28 dias...Causa:Rejeição imunológica.
Em razão disso, depois de tentativas frustradas em 1968,os transplantes foram suspensos até que,finalmente, se descobrisse uma substância contra a chamada rejeição imunológica- a ciclosporina.
Só em 1984 é que se voltou a realizar cirurgia desse tipo já no Instituto do Coração(Incor),do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Dr. Zerbini era natural de Guaratinguetá,nascendo em 7 de maio de 1912 e faleceu aos 81 anos,em 23 de outubro de 1993,em São Paulo.Até seus últimos dias trabalhou e realizou palestras.
Ainda após o primeiro transplante o jornal mandou-me em sua casa para uma entrevista exclusiva... Recebeu-me com sorriso nos lábios, voz sempre e permanentemente baixa; sua casa tinha uma aparência franciscana,bem espartana...Era simples demais,pela sua grandeza de homem e fama.Como era admirável sua conversa.
Dr.Zerbini não fez de sua profissão um balcão de negócios...
Deveríamos poupar João de qualquer cansaço...
O mestre Zerbini já previa que o João- como assim o chamava- não iria suportar por muito tempo aquele transplante,eis que não existia ainda a medicação apropriada para evitar a chamada “rejeição”.
A platéia obedeceu.Eram mais de vinte jornalistas. Tudo quase ficou nas fotos.Poucas perguntas a João,que se encontrava debilitado.
Para o transplante teve notável equipe médica e João apareceu andando...
Assim como ninguém,sabe-se o grande cirurgião que havia começado com intervenções intracardia em 1945 e que tinha sido,antes, também colega de Christian Barnard,-na Universidade de Minneanápolis(EUA).Sabia que feito o transplantado João não iria durar muito...mas nada falava!
A cirurgia feita em 26 de maio de 1968,em João Boiadeiro,com o doador Luis Ferreira de Barros,um jovem que morreu atropelado.Acidente automobilistico,para variar...Por outro, o paciente João durou só 28 dias...Causa:Rejeição imunológica.
Em razão disso, depois de tentativas frustradas em 1968,os transplantes foram suspensos até que,finalmente, se descobrisse uma substância contra a chamada rejeição imunológica- a ciclosporina.
Só em 1984 é que se voltou a realizar cirurgia desse tipo já no Instituto do Coração(Incor),do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Dr. Zerbini era natural de Guaratinguetá,nascendo em 7 de maio de 1912 e faleceu aos 81 anos,em 23 de outubro de 1993,em São Paulo.Até seus últimos dias trabalhou e realizou palestras.
Ainda após o primeiro transplante o jornal mandou-me em sua casa para uma entrevista exclusiva... Recebeu-me com sorriso nos lábios, voz sempre e permanentemente baixa; sua casa tinha uma aparência franciscana,bem espartana...Era simples demais,pela sua grandeza de homem e fama.Como era admirável sua conversa.
Dr.Zerbini não fez de sua profissão um balcão de negócios...