À mulher. Uma homenagem

À mulher. Uma homenagem.

Não dá para entender a existência da mulher a não ser pela perspectiva Divina. O homem não poderia contemplar toda a beleza da criação se não tivesse ao seu lado alguém como ele, parte dele, carne de sua carne, ossos de seus ossos. Sem elas os homens seriam ermitões, perdidos. E Deus na sua infinita sabedoria entendeu isso e criou a mulher. Agora sim, tudo estava completo.

Mulher presente de Deus. Mulheres de preto ou guerreiras, cruzando os séculos, vencendo os medos e a solidão. E como são belas. Produzidas ou desarrumadas. Perguntem aos seus filhos, aos seus maridos. Mulheres de todos os momentos, de todas as horas, das madrugadas frias, de todos os dias. Mulheres competentes. Presidentas ou donas de casa, não importa. Mulheres que amamentam: paisagem de vida. Mulheres que sustentam seus lares: retratos de vida, às vezes empoeirados e esquecidos. Mulheres de joelhos em oração, para que seus filhos fiquem de pé. Mulheres que varam a noite na angústia de ouvir aqueles passos e saber que o filho voltou bem. Mulheres que se levantam contra a discriminação da sociedade machista. Mulheres que reclamam da indiferença de seus companheiros. Mulheres que clamam por igualdade de oportunidades a mostrarem que são capazes. E nem precisavam. Elas são mais capazes mesmo.

Tudo o que é feito pelas mulheres, traz uma leveza, uma tonalidade, que só elas possuem. Não há sorriso igual. Não há como não reconhecer isso. Há pouco descobri que elas escrevem melhor do que os homens. Lamentável que ainda vejamos mulheres sendo agredidas física e moralmente. Que bom ver que elas não estão mais silenciosas diante da injustiça e da violência. Mulheres que inspiram a pintura, a poesia, a música. Aprendi a amá-las, respeitá-las. E isso me faz um bem imenso. Elas não precisam de elogios. Elas querem reconhecimento. Elas não querem ser melhores. Elas querem igualdade. Elas têm um papel seu, particular, no projeto de Deus para a humanidade. E não me refiro à procriação, tão somente. Refiro-me à formação de valores morais, éticos. Nem mesmo o comportamento inadequado de algumas poderá tirar o brilho intrínseco da mulher, irradiando confiança, paz, harmonia. Vivo tão intensamente o dia a dia das mulheres, que não me sinto à vontade para homenageá-las em um dia determinado. Mas se for preciso... Elas estão tão próximas, tão junto a mim, que não dá para ignorá-las. Nem quero. Quem quiser que tente viver sem elas. Eu que não vou correr esse risco. Parabéns, mulheres. Que venham muitos outros oito de março.