Hoje lamentamos a morte de Renato Rocha, o Negrete.
 
O baixista fez parte da inesquecível Legião Urbana.
Ao lado do grupo lançou três discos (os três primeiros discos da banda).
Atualmente o músico repousava numa clínica, auxiliado por Giuliano Manfredini (filho de Renato Russo), saindo nos sábados e domingos.
 
Ele aumenta a enorme lacuna que Renato Russo deixou em 1996.
 
Eu prefiro não chorar.
Acredito há tempos que o otimismo é a melhor saída. Longe do meu lado larguei o pranto, pedi aos meninos e meninas nunca desistirem.
Eu sei que o mundo anda tão complicado, um verdadeiro teatro dos vampiros.
Olhar os barcos no fascinante mar ou imaginar a Via Láctea bastante vasta, contemplar as profundas belezas da criação e concluir o quanto um dia perfeito merece grande admiração, é necessário admitir, se tornou, quase sem querer, uma espécie de sonho romântico.
Mas, só por hoje, estimulados pela brisa sereníssima, recordando a preciosa jornada, os dezesseis anos da inocente rebeldia, nossos vinte e nove, a fase da maturidade, quando o giz da vida já riscou muito, façamos a esperança prevalecer mais uma vez.
 
Eles cantaram, encantaram, ofertaram músicas primorosas.
São letras fantásticas, provando que o tempo perdido jamais existiu.
 
Digamos ao querido músico, talvez repetindo mais do mesmo, que os fãs da Legião Urbana reconhecem sua contribuição maravilhosa.
Aproveitando o ensejo, antes das horas avançarem, antes das seis, aprendamos a aguardar o porvir renovado, uma outra estação, um instante especial, repleto de alegrias e reencontros.
Renato Rocha, por enquanto, aceite um carinhoso abraço e leve a certeza de que nós o amamos demais.
 
Mais tarde, depois do começo, recomeço sublime, conseguiremos sorrir e realizar a dança linda com imensa emoção, sem temer o Juízo Final.
 
Um abraço!
Ilmar
Enviado por Ilmar em 23/02/2015
Reeditado em 23/02/2015
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