Jardim de rosas

Quando lhe vejo assim

Tão frágil e indefeso

Ainda que grande e forte

Tenho ímpetos de lhe abraçar longamente

Oferecendo meu calor amigo

Deitar-lhe ao colo e acariciar seus cabelos.

Esperar que adormeça no aconchego de meu carinho

E se sonhar

Que seja com algo que não o atormente

Mas que tranquiliza seu coração

E traga sossego a sua alma.

Menino gigante, querido grandão

Crescer é doloroso, mas necessário.

Assim como nem sempre o céu é azul

O arco íris pode em algum momento perder a cor

Mas o amor... esse é eterno

E a amizade é uma rocha firme.

Menino gigante, amigo grandão

No fundo desses seus olhos tristes

Há um brilho querendo luzir

Não é o lugar ou as pessoas que determinam isso,

É o seu querer...

Então queira,

Esforce-se por vencer esses obstáculos

Saia do black out de seu quarto

Venha ver esta manhã.

Sentindo o vento penetrar-lhe a alma

A vida a lhe envolver

E eu com minha mão pequena

Segurando sua grande mão

Levarei você a um passeio

Em um jardim de rosas

Entre as rosas com espinhos

Elas hão de lhe marcar a pele

Os sentidos em todos os sentidos

Até que amalgamando-lhe na alma

Mostrem-no

Que os espinhos não tiram a beleza das rosas

Mas as ajudam a crescer...

Sejamos as rosas, o chão, o vento, o sol, o arco íris...

Cada um com sua lição e seu momento

Sem perder o desejo pela vida

E o gozo de cada manhã

Ainda que a noite seja longa

E as estrelas não qualhem o céu...

Ao meu amigo Caio Menechini Benevenuti

By Nina Costa, em 21/02/2015

Nina Costa
Enviado por Nina Costa em 22/02/2015
Reeditado em 01/03/2015
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