Homenagem à irmã

Nascemos de um mesmo ventre.

Ainda assim, permanecemos anônimos um ao outro.

Até que uma voz que confiamos e amamos, nos diz: Eis a sua irmã.

Nos admiramos com uma estranheza e daquele ponto em diante aprenderíamos a arte de dividir o espaço, o tempo e a própria vida.

Na tentativa de compreensão dos limites e das diferenças, conflitaríamos até que encontrássemos o caminho do meio.

Diante de repreensões paternais e nas primeiras dificuldades gerais, nos uniríamos em defesa e proteção recíproca.

Frente a inevitáveis comparações, surgiria a definição do que gostaríamos de ser e encontraríamos mutuamente, os traços a serem desenvolvidos e modificados.

Gradualmente aquela incomum sensação inicial, esvairia, dando lugar a um amor puro e desprendido, um natural reencontro.

Abandonaríamos as rivalidades da formação para a cumplicidade de termos nos descoberto.

Lado a lado, passaríamos juntos pelas mudanças e transformações que nos convidariam a partir muitas vezes, nos ensinando a independência, embora já dependentes do sentimento que nos ligava...

Indo e voltando em movimento perpétuo como as ondas, sempre nos encontraríamos!

Já adultos, com a marca de tantas experiencias expressa em nossas faces, ainda vemos aquelas crianças que brincavam, brigavam, riam, choravam...

Lembranças que se reúnem em torno dos nossos pais, que mais do que a vida, nos deram um laço de sangue.

Uma amizade profunda e sincera de simplesmente, sermos irmãos!

Fernando Paz
Enviado por Fernando Paz em 02/02/2015
Código do texto: T5122778
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