Take Timbuca!
Timbuca foi um menino pintão. Fez das suas, mas o mais grave foi quando deu-lhe na cachola de passar roupa, feito gente grande, ligou o ferro elétrico, e se "esqueceu", enquanto fazia travessuras na rua ou no quintal. O prejuízo foi um caixote queimado e umas palmadas mal-dadas.
Pois esse Timbuca que viria a se tornar engenheiro e brigadeiro do ITA mais tarde tinha mesmo o gênio da inventividade - e da disciplina, que adquirira com surpreendente facilidade assim que sentou num banco escolar. Mas não se livrou com a mesma facilidade de algumas esquisitices, coisas de além da meninice: medo atávico de galinha - viva - e saber como iniciar a descascagem de uma laranja. Ele começava sempre pelo lado. E acabava deixando aquilo de lado, já danificado.
Já outros problemas bem resolveu, esse Timbuca que também é Tadeu: a percepção cromática. Teve por padrinho de batismo um Benedito. Homem de família, de muitos filhos, ferroviário, vicentino, retinto, era a imagem do bom amigo. E aceitara com muita honra ser padrinho de Timbuca.
De vez em quando, dava-lhe um agrado, ainda que fosse coisa mixuruca. Um dia, nos seus 3 ou 4 anos, ao se referir ao padrinho Benedito - tinha dois, um de crisma pois - não lhe lembrando o nome, tratou-o por padrinho verde. A anedota valeu o dia, e mais tarde, aquele mesmo padrinho a ouviria na maior alegria, enquanto se enverdecia...