E DIVINOPOLIS SE FEZ POESIA! J B PEREIRA, apresentação Augusto Fidelis.Minhas trovas.
MINHA VIDA SE FEZ TROVAS
Filho, pai: Lucas, João Bosco
Lançam Momentos Poéticos (2006),
Alegres estão conosco,
Realçam versos noéticos.
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FICHA CATALOGRÁFICA:
Pereira, José João Bosco
E Divinópolis se fez poesia/ José João Bosco
P436 d Pereira. – E Divinópolis: Express, 2008. 100 p. il.
2015-01-03
Inclui biografia do auto, bibliografia, trovas. A obra abarca uma coletânea de trovas, mesclando documentário fotográfico e histórico.
ISBN
A Literatura brasileira – poesia. 2. Memória fotográfica – História – Divinópolis. I. Título.
CDD B 869.1.
DEDICATÓRIA
Pelo Espírito das Luzes,
Feliz ofereço o opúsculo;
Peço bálsamo nas cruzes.
A Jesus, saudável ósculo!
Dedico trovas a Deus
E estas páginas ao povo.
A poética vem aos seus.
Memória sim, não as removo.
Continuemos nossa vida:
História de todos que
Se dedicaram em sua lida,
Metas sabem para quê.
Aprecie sem moderação! (texto de Augusto Fidelis em 2007)
“Augusto Fidelis é
Ícone da Travessia
Sua Cigarra tece fé (O julgamento da cigarra, de FIDELIS: 2004)
Aos dons, à Cidadania.” (J B Pereira)
Certo dia, num passado distante, alguém chegou a esta “Terra Virente” e ouviu o murmúrio de um rio serpenteando em quase oração. Achou que o lugar era bom e se acampou. Depois, vieram outros, muitos outros, ergueram casas, construíram famílias e viram que tudo estava muito bom.
Os anos se passaram, chegou o trem. Com o Trem, muitos outros, todos recebidos com amor de mãe nesta parcela fecunda de Minas Gerais. Viram, então, que tudo estava excelente.
Atraído, também, pelo clarão das suas luzes, eis que se aporta na Princesa do Oeste José João B. Pereira, porque, nesta obra, ele canta em versos a sua magnitude.
Trata-se de uma homenagem aos 95 anos do município, que caminha a passos largos para o primeiro centenário de emancipação político-administrativa (1912-2012). Ao transformar em poema a cidade, sua gente e seus feitos, João Bosco eleva este torrão que também é seu, e documenta, de maneira ímpar o amor que cultiva pela Terra do Divino. E Divinópolis se fez poesia deve ser apreciado quente. Agora, portanto!
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INTRODUÇÃO POÉTICA
J B Pereira
“É que os momentos felizes
Deixaram fundas raízes” (Toquinho, músico e cantor brasileiro),
Nesta Terra do Divino
Sempre canto grato hino.
É este nosso guia a encantar
Passo a passo da história;
Quero versos a cantar,
Não esqueço nossa memória.
Venha, ó Divino Espírito,
Dê-nos de teu raio de luz,
Infunde dons neste rito,
Dê-nos graça em nossa cruz.
“O Espírito Santo pairou...”
No coração dos colonos;
O Arraial não parou...
A todos, Deus tinha planos.
Cura nossas várias chagas,
Rega o seco, lava o sujo,
Vem luz dos corações cujo
Refrigério nos achega.
Por nosso Brasil mais bento
Evangelho vou viver:
Sejamos o teu rebento
Do perdão, do conviver.
Aqui tem gente que faz
Diferença que convence
E sua atitude nos traz:
É projeto que aqui vence.
E onde está liberdade,
Haverá risco e apreço,
Há luz de serenidade;
Alegrias para ti peço.
Ouça, povo, instrução:
Pois, vou falar em parábola;
Lições vêm do coração;
Filho(a), senta-te à Távola. (Salmo 78/77, poema de Asaf)
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TRAÇOS DA TROVA EM DIVINÓPOLIS
Homenagem a todos os trovadores de ontem, de hoje e do futuro.
Fiz da trova minha prova,
Fiz poesia do interior
Como esta música nova,
Qual dom e sonho anterior.
Li Milagre no Jadir,
Li Mercemiro para mim.
Emoção em oásis Cadir
Como anima em Trampolim.
De verso em verso senti
Literatura divina,
Para eternizar em ti,
Poemas de luz na retina.
Amando-a não me cansei
De ver jóia do relicário.
Da Princesa do Oeste sei
Das pérolas do templário.
Azul-céu, cor cristalina,
Como eremita do Saara.
Foste, vida diamantina:
Amor de mulher calara...
Não calara tua voz-poeta
E viste purgar tua vida.
Venceste lição intacta,
Obras deixaste em tua ida.
Outro contigo aprendeu
Os versos do teu soneto.
Para se tornar o teu
Admirador, a contento.
Então, Jadir despontou-se
E também poeta surgiu.
A vida não sepultou-se
Neste sonho que emergiu.
Com Milagre, Aparecida,
O soneto que aprendeu?
Dor da vida foi vencida
E a trova sempre rendeu...
HISTORIA DE DIVINÓPOLIS EM VERSOS
J B Pereira
Faço trova como quero,
Faço versos como trova,
Senão terno, mesmo tenro,
Como amigos à tua prova.
Sou só novo trovador,
Amo poesia no labor.
Quis ser sonhador,
Sem ter nada, só Tabor. (lugar da Transfiguração de Jesus)
Quero trovar na história
Desta divina Cidade,
Tecer verso à trajetória,
Lembrar-te na eternidade.
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Os ciclos desta cidade
São desafios a vencer.
É a força de sua idade,
Não se deixa corromper.
“No principio, Deus criou.” (Gn 1,1)
A mata, rio, verde, terra;
Em Cristo, tudo recriou.
Veio o Divino além da serra.
Pré-história deste torrão
Ainda é contagiante
Sem papeis sem antecipação
Pode ser agora e em frente.
“Tão sublime sacramento, (Tomás de Aquino, Doutor Angélico)
Adoremos” o Paráclito,
Diva vida em suplemento:
A luz vem com o Espírito.
Infunde, ó Mentor Divino,
A vida nova do amor,
Os dons e frutos em fino
Projeto: vence o temor.
“Espírito então pairou...” (Livro do Gênesis)
No coração dos colonos;
Mas, este arraial não parou,
Pois, Deus concedeu-lhes planos.
Venha com os sete dons
Contempla nossa cidade:
Busca da paz em bons tons,
Enfrenta sua realidade.
A fé em Francisco de Paula (1841; Santo da Igreja Católica: A Prova 4B, p. 8.)
das missões dos Capuchinhos.
Serve de luz, divina aura,
Exemplo de fé em fachinhos
Ao céu, os olhos a erguer (Anchieta, canonizado pelo Papa Francisco em 2014)
Quando vê o triste destino
Dos índios sofrer, morrer.
Pede paz sem desatino.
Ao Senhor, com fé, buscai
Enquanto estiver perto
Ao seu amor, invocai,
Porquanto é filho dileto.
A Bandeira veio, chegou. (Bandeira tem a ver com bandeirantes no Brasil Colônia)
Aqui em mil oitocentos:
Coronel Matias passou
Com Tomás, homens atentos.
Em sua obscura pré-história,
A legião de Pamplona
Versus coroa lusitana
Veio para cá com escória.
Distantes são nossos astros,
Tudo parecem pegadas,
E longe se vão nos rastros:
Flor e semente regadas.
Rincões, sem males, previu.
Fez abrigo para todos;
E futuro Emboadas viu: (conflito armados com morte entre paulistas e portugueses)
Clamor acima dos lodos.
Padre Felício morre (1842 e 1844 - Divinópolis: rastros e pegadas, 2006, p.39)
Arrastado por cavalo.
Cherubino da lei corre,
Dom Pedro vem alcança-lo.
O termo “Itapecerica” (Passagem do Itapecerica : 1770; arraial do Espírito Santo de Divinópolis em 1790)
É pedra escorrregadia.
Venha, então, conserve;
Se antes foi boa travessia.
Este é o misto de seus habitantes;
Encontrou-se na “Passagem
Da Itapecerica”; dantes,
Tomás Teixeira vê margem. (1932 – última ponte de madeira ligava as margens do Itapecerica)
Vários nomes surgirão: (1934: antiga matriz, destruída; 1956: atual matriz)
Divinópolis manteve –
Povo e nobres agirão;
E todo consenso teve.
Salva aos historiadores!
Pesquisa documental.
Revisa os lapidadores,
Análise, luz mental.
Em vinte e dois surgira
O nosso livro primeiro
Prof. Christovan Teixeira
Dessa história, pioneiro.
Muito se disse deste
Antônio G. de Azevedo; (1891-1977)
Barreto lançou a rede;
Outros pisaram vargedo.
E surge Manuel Fernandes
No arraial a Capela faz;
Natureza não vista antes.
A vila vive sua paz!
Ama a Terra do Divino!
Com suas cigarras em música.
Vem-nos, Paráclito Tino;
Divino Fogo em Túnica.
Veja, pois, o Patriarca! (Coronel Francisco Machado Contijo: 1840-1931)
Do arraial foi base, maior anjo,
Fiat lux estava na arca
Do lúcido homem rijo.
Outro trilhou nobres passos, (Locomotivas a diesel só a partir de 1953)
Sim, Antônio Olympio soube (Obra: Coronel Antonio Olympio de Moraes: uma história de Amor por Divinópolis)
manter seus fortes compassos:
Traços da cidade lhe coube.
Nascemos da Ferrovia, (Praça da Ferrovia é de 1959; tombada em 1988)
E nada haveria sem trilhos:
Nem paz e nenhuma via,
Dela somos muitos filhos.
Pedro Gontijo polêmico (Pedro Xavier Gontijo: 1886-1965)
Quis nossa emancipação.
E se torna o farmacêutico,
Quis-nos bem de coração.
O nosso Padre Lobato (Padre Matias Lobato: 1884-1917)
A emancipação abraçou;
E sua presença foi fato:
Santa Casa começou.
Rótulos – ao nos importa:
Ou “das Fêmeas” ter Partido;
Mesmo ainda que bem comporta:
“Dos Machos” terem nascido.
Debateram grande parte;
E ficaram sem memória;
Destruíram farta arte,
Despontando moderna história.
Mas, houve cousa curiosa:
O Grizu – ônibus primeiro; (=Jardineira aberta aos lados em 1925)
A Gravatá é maviosa; (usina: Gravatá entre 1931-1942; 1934: 1ª bomba de álcool de mandioca)
O Trem: entronco pioneiro.
O Gravatá foi engenheiro ( Engenheiro baiano: Antônio Gonçalves Gravatá: 1875-1950)
E fez álcool-de-mandioca,
Teatro: vocação celeiro, (A usina virou Teatro municipal em 2007.)
Atração que se coloca.
Eis que palco se restaura!
O Teatro se moderniza.
A cidade revê sua aura
Brilha arte que se eterniza.
Veja que menor jornal. (=Vossa Senhoria: 1906-2006; Guinness World Records: e2001 e 2006)
Que está no livro Recordes.
Ele é mini-original:
Nele – todos são concordes.
Vejo os antigos em (Homenagem ao Pontilhão da Estrada de Ferro Oeste de Minas – 1922)
Eis nosso cartão postal
Vivo absorto na miragem.
Nossa noite é divinal.
Mas, conte tudo aos bambinos.
Crescemos também na mente:
Somos como tais girinos,
Só a vida vai para frente?
E como crianças brincavam?
E finca, arco e manivela,
Gude e pipa as alegravam
Qual dominó à cidadela.
A brisa que me enobrece
Quando rezo onde cresci
Ao elevar à alma sua prece
De mim, do mal decresci.
A Ponte do Niterói (Antes de madeira em 1932; concreto: 1939)
Foi cartão postal.
Brilhar à noite, ela sói (=acostuma)
Lá tem relógio orbital.
Horas veja no Quadrante (1974; doze signos do Zodíaco, desaparecidos)
Mais longe vou entreter:
Relógio sol navegante;
Quero-te perto pra ver!
Vamos ao parque da ilha:
Velha Usina vai ver, (Usina Hidrelétrica/ EFOM: 1911-1981; 840 KVA, 3 KM de rede elétrica);
Leve o lar, percorra trilha;
Leve lanche pra comer.
Vem Usina Gafanhoto (MG-050; 1946, Bacia do Rio Pará, 13 kw; da Cemig desde 1952)
Gerar energia; sua sina
Que vira luz e canhoto
bancário em mistura fina.
Cadê pública cadeia? (casario de 1925)
Cadê seu lindo Convento? (1926-1940, demolido.)
Alguns em guarda na veia!
São ruínas, rotas ao vento!
Não se vê tal obelisco (1957)
Velho marco descartado:
O moderno veio rico (1973-1975: reivitalização urbanística com Martins Guimarães)
Em lembrar encartado.
Do coreto se fez arte! (1945: Praça benjamim Constant, antiga praça da Estação)
E que espaço coletivo:
Na praça, na central parte.
Fotos em arquivo altivo!
Os antigos guardam fotos (arquivos da Biblioteca Municipal “Ataliba Lago”)
Da cidade que mudou
Os novos prazem nos fatos,
Sem ver o que se passou.
Há tantos arquivos bons:
Câmara, do Arquitetônicos, (da Prefeitura Municipal com plantas de casas desde 1915)
Cultura, Ataliba em dons. (CML: Centro da Memória do Livro na biblioteca “Ataliba Lago”)
Fotos e fatos mnemônicos.
Peço ao cidadão nas crises...
Sou seu, choro de saudade! (1916: Grande Hotel, na Praça da Estação)
Que nunca suma o arco-íris... (Íris Hotel da década de 1950, depois Boate K-Samba nos anos 1960)
Lágrimas são suas, Cidade.
História-contos: magia.
Olha aqui no coração...
Remexa, mente tangia:
Imagens, voz e emoção.
Rabelo: Fábricas deu-nos; (Jovelino Rabelo, em foto de 1950 com JK e Benedito Valadares )
E Pains surgiu no cenário; (Pains depois, a Gerdau)
Que progresso concedeu-nos!
Como mudou o campanário.
Mãos a obra Sebastião, (Prefeito Dr. Sebastião Gomes Gontijo: 1917-1989)
Médico, nosso prefeito:
Lotes doados à criação
Do hospital que foi bem feito.
A Rodoviária linda, (construção: 1985-1988)
Por Aristides foi feita;
Nos anos de oitenta finda;
Sendo obra charmosa eleita.
Outras curiosidades:
Por quatorze anos, houvera.
Surgem: Galileu e Aristides, (prefeitos)
Um ao outro se alternara.
Eis a Primeiro de Junho,
Veja importante avenida.
Lugar de festa de cunho
Na área central requerida.
Sobrado virou Museu. (Sobrado do largo da Matriz)
Os ilustres têm pousada.
Mais tarde, virou Liceu,
Outros tiveram morada.
E cada qual soube amar:
Divinópolis cresceu;
Cada qual soube lutar:
A cidade mereceu!
Franciscanos e Batistas
Ampliaram a cultura;
Irmanaram-se às suas pistas.
Interessante feitura.
Entro nas Obras Sociais (da Diocese de Divinópolis, antigo Colégio São Geraldo, do Martin Cyprien:1945-1974)
Está cada vez mais linda
Prédio em novas pastorais
Há gente, fé e jornais ainda.
Primeiro de junho desça,
A Casa do Bispo veja. (construída em 1957)
Rezando, pois, não se esqueça:
Que Jesus em você esteja.
Linda vista panorâmica:
A cidade centenária:
Povo de vida dinâmica
Canta seu hino qual ária.
Subindo a Minas Gerais,
Visite este santuário!
Veja pinturas, murais...
Dos fieis, a fé no sacrário.
Suba a Rua Rio de Janeiro,
Vire a Sete de setembro;
Tome sorvete primeiro,
Da biblioteca me lembro.
Anos sessenta, Bemfica (Poeta Sebastião Bemfica Milagre: 02/09/1923-22/02/1992)
Vê a ADL cofundada;
Milagre que plenifica:
Poética contemplada.
Sobrado onde nascera
Sebastião Milagre,
À noite, demolido fora.
Restou do vinho o vinagre.
Bela Noite da Poesia! (em Doador de Sangue; MILAGRE, 1990, p.55-6)
Contemplo imagens vivas:
Anjos, voz, sinestesia...
Construo musas sempre-vivas.
Amor ao povo, remédios!
Mas, não tem cura para a alma...
Se a Evocação for presságios. (Farmacêutico José Maria Álvares da Silva Campos: 1889-1975)
Dentro brilha a visão calma.
Altivo e cofundador, (Dr. Carlos Altivo: 1921-2009)
Da ADL vem o cronista!
Carlos: bom declamador;
Da lei, vem o especialista.
O “poeta místico” vem (Co-fndador da ADL: Jadir Vilela de Souza: +2011)
Com tantos livros, contente.
Seu poema “adolescentes” contém
A esperança de nossa gente.
O médico caridoso (Dr. Joaquim Coelho Filho: 1904-1970)
Amou, criou doze filhos.
Teve sorriso bondoso:
Seu nome eterniza brilhos.
Mercemiro se fez escritor (Mercemiro Oliveira Silva,Presidente e Secretário em muitas gestões da ADL)
Com obras de poeta
Da ADL, digno organizador
Cronista e contista.
Fazem parte da história,
São da fé nobres artistas;
Geram obra meritória.
E são bons idealistas!
(Petrônio Bax (1927), GTO= Geraldo Teles de Oliveira (1913-1990) e seu filho Mário Teles; Heraldo Alvim, Frei Humberto Randag, Túlio Mourão, Denise Arantes, muitos outros.)
No túnel do tempo, vejo:
Locomotivas forjadas. (Locomotivas 339 e340 dos anos 1940)
O gênio de João antevejo, (João Morato de Faria nos galpões da R.F.F.S.)
São invenções planejadas.
É artista a Nogueira (Retalhos de uma vida, de Aparecida Nogueira)
Ao citar os que nos encantam.
Em versos que decantam
A vida em ar de figueira.
Vem Adélia Prado amando (Poeta Adélia Luzia Prado Freitas – 13/12/1936)
Vida e poesia original.
Seus versos nos encantando:
Luz e saber divinal!
Adélia focando Prado;
O Trem-de-Ferro vai-e-vem. (A locomotiva 339 foi de João Morato de Faria.)
Bagagem, primeiro brado: (Primeira obra de Adélia Prado, 1976.)
Recortes vivos que vêm!
Revela texto-imagem
Ao espargir vida em “Quadros”; (Escritora e poeta Maria de Fátima Batista Quadros)
Encantam nossa paisagem
De viver momentos em Salgados.
Escute o Dr. Bessa (Escritor Dr. Pedro Pires Bessa: * 1940)
Nobre e digna referência;
Seu saber faz bem à beça,
Seus livros têm elegância.
Voz a vibrar alto e largo,
Surge em Minas homem raro:
Gente da família Lago (Escritor e político: Ataliba Lago: 1901-1973)
E pleno de dom preclaro.
Augusto Fidelis é (Escritor: * 1954)
Ícone da travessia:
Sua Cigarra tece fé
Aos dons, à cidadania.
Homenagem aos pioneiros
Do teatro de nossa terra, (todos os grupos de teatro, incluindo Mercemiro Oliveira e Lindolfo Fagundes, ambos presidentes da ADL)
Nossa reverência aos primeiros
De sua graça à geração tenra.
Muitos outros imortais (da ADL – Academia Divinopolitana de Letras)
Brilharam na literatura:
Em Minas, faróis-portais,
Sadio Sol desta cultura.
Dom Cristiano foi primeiro (Dom Cristiano Portela Araújo Pena: RJ: 1913-2000)
Bispo, evangelizando;
Com seu exemplo, luzeiro,
Ícone sacro marcando.
Amara sem interesse.
Frei Orlando soube rir.
(Capelão militar falecido na segunda Segura:
* 1910 , + 20 de fevereiro de 1945)
Embora muito sofresse,
Aos soldados, fez sorrir.
Que Padre Libério Santo! (30/06/84-21/12/1980)
Foi para todos conforto,
Curou dor a cada canto.
Amou Jesus em seu Horto.
Que Padre João Bruno ri: (Pe. João Bruno Barbosa: 1920-1964)
Balas e santinhos dá,
A todos atrai a si.
Reformas de Igrejas, já!
Há o Frei Antônio Rocha, (1906-2007)
É alegre centenário.
Seguindo Francisco tocha, (São Francisco de Assis como tocha da fé)
O servo do seminário.
Sei que posso teologar
No CEFESP, há curso vário...
E na Bíblia dialogar
Com temas em seminário.
Que biblioteca linda! (Biblioteca Provincial dos Franciscanos: 1931; reinaugurada em 2004)
Que acervo provincial!
Quem quiser pode ainda
Ver obras no original.
Veja a alegria das vitórias:
Multidão canta festiva
E bate palmas entre glórias,
Ao som da charanga altiva.
Eis o professor Toninho (Poeta Prof. Antônio Esteves de Faria (* 01/08/1935).
E que alegria conhecê-lo:
Amigo que vem mansinho,
Seu valor, vou enaltecê-lo.
Regozijo tua presença
E luz da sabedoria.
E destes ares de tua crença;
Sus! (Levanta!), Jesus: ó Diaconia! (Jo 13, 1-5)
Podeis, quereis contemplar:
Cenas da Bíblia em vitrais.
Rezais, vedes serenar:
Jesus com fé, vós mirais! (da Catedral do Divino Espírito Santo - Vitrais Conrado Sorgenicht S.A.)
O teto da catedral
Que linda corte celeste,
Pintura qual big dedal;
Graça forte nos reveste...
Quem avisa amigo é.
É tesouro conquistado:
O conselho de quem vier
Tem sentido lapidado.
De Maria e Jesus, aos braços.
Veem José partir ao Céu;
Seguros de sãos abraços,
O Justo vai além do véu. (São José, o Justo, pai nutrício de Jesus)
Neste barco, quero amar.
Vou passar além do porto,
Vou ouvindo seu clamar
Vou amar muito antes de morto.
Quem diz ser graça tocante
Aos pequenos desta Terra,
Aos anjos nos Céus cantantes,
Alteias paz em nossa Serra.
Sê divinopolitano
De coração, com fervor;
Sê bom metropolitano,
(Faça o bem) Fuja do mal com pavor.
Água das Minas saudável:
É, desta Terra, riqueza.
Retém valor agradável,
Para todos é beleza!
Quanto é bom ser mineiro,
Vivo feliz, sou capaz,
Vivo assim: sou brasileiro.
Cada dia, vivo da paz.
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Outras trovas e FAMILIARES, AMIGOS DA MINHA VIDA
Eu quero à esposa querida
Enaltecer nestes versos:
Maria do Carmo cingida
de luzes e sons imersos.
Ao meu filho batizei, (batismo no Hospital São Lucas em janeiro de 1998.)
Padre Áureo completou rito.
Ao meu Bom Deus bendizei:
Com Lucas, aqui medito. (Lucas Trindade Pereira, meu filho)
Qual irmãzinha bondosa (Irmã religiosa Angilberga Fischer – 1998)
Ao Pai triste orientava
Pediu à Mãe generosa (Nossa Senhora – serva do Espírito Santo)
Que a vida sutentava.
Filô, Olga, Nozôr, Cristina (médicos pediatras do Lucas Trindade)
E dr. Benedito são bons médicos,
São amigos e gente fina,
Atitude em atos éticos.
Lembre, meu filho, ser poeta:
Saberes viver tua vida.
Cada dia perto da meta,
Sem medo de tua partida.
Sebastião é mártir santo, (Festa em 20 de janeiro)
Vencendo o terror da morte.
Mas fez do céu seu Recanto,
Afastando-se da coorte.
Herbert planos faria!
Como é bom estar contigo
Mais lotes, mais cuidaria!
E cria aves... Meu bom amigo.
Sustentável lote vago:
Vem catar lixo, crie pato;
Fim da dengue, sem embargo,
E galinhas comem mato.
Quero sorvetes maviosos
Da Slep. Quero saborear
Todos os gostos gostosos.
Depois, vocês vão passear.
No Wagner Automecânica, (Av. JK, 1770, Bom Pastor, Divinópolis)
Seu carro tem bom atendimento,
Seriedade e dinâmica,
Técnica, acolhimento.
Droga Rede: é de bom preço. (Av. JK, 1498, Divinópolis)
Em domecílio, ela atente!
E o serviço que mereço.
E o dinheiro que me rende.
Venha comprar no Josildo. (Av. 7 de setembro, 810, Divinópolis.)
É barato todo dia!
Davi, Libério e Denildo,
Cativando na alegria.
É cronista seu Sandin, (Geraldo Tito Sandin, escritor salesiano)
São amigos especiais,
Com a sábia Norma sim,
Que estrelas celestiais.
HOMENAGENS PÓSTUMAS A ENTES QUERIDOS
Saudade, Sebastião. (Dr. Sebastião Pereira, eu pai, dentista: 1932-1991)
Que Poeta, ó meu Paizinho.
Mercês, mãe, admiração. (Maria das Mercês Nascimento Pereira: 1336)
Aos meus pais, tanto carinho.
Querido Padre Miguel (Pe. Miguel de Andrade Reis, 1912-1976, São Miguel do Cajuru, MG)
Que o povo ama, saudade
Do humilde servo fiel.
Cajuru vê sua bondade.
É casal vicentino! (Rosária e Jairo, vicentinos do Bom Pastor, Divinópolis.)
Tudo enfrenta: doença e dor,
Apruma em prece e bom tino:
Tudo vence com fé e amor.
O Dom Antônio Mesquita (segundo Bispo de São João Del-Rei)
Foi modelo de Pastor.
Nossos olhos à fé fita,
Peça por nós ao Senhor.
Ao simpático casal:
Léa e Messias são meus avós, (Família Delvechio Trindade, São João Del-Rei)
Faço prece matinal.
Venceram juntos e a sós.
Pardini logo partiu (Gabriel Pardini, amigo do Lucas Trindade)
Deixando-nos saudade
A alma ao Céu já garantiu
O prêmio da eternidade.
À mente, Padre José (Pe. José Teixeira, São João Del-Rei, MG)
Ensina com sua firmeza:
A Dom Bosco mostrou fé;
A Jesus, louva grandeza.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARAÚJO, Aurélio Antunes de. Viagem no Tempo: 1725-1975. Contagem: Del Rey, 1998. 290 p.
AZEREDO, Francisco et al. Da história de Divinópolis. Graphilivros Editores LTDA. 1988. 156 p.
CORGOZINHO, Batistina Maria de. Nas linhas da modernidade: a passagem do tradicional ao moderno no centro-oeste de Minas Gerais. Belo Horizonte: Imprensa Oficial do Estado de Minas Gerais, 2003. 366 p.
BARBOSA, Waldemar de Almeida. Dicionário Histórico-Geográfico de Minas Gerais. s/d.
BARRETO, Lázaaro. Memorial de Divinópolis. Sefor: 1992, 268 p.
BESSA, Pedro Pires. Sebastião Bemfica Milagre: o poeta de Divinópolis. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 2003. 156 p.
FARIA, Antônio Esteves de. Pequena história de um grande Amor. Belo Horizonte: Novo Rumo, 2005. 130 p.
FERREIRA, Elizeu. Divinópolis: Rastros e pegadas. Express: 2006. 213 p.
FIDELIS, Augusto A. O julgamento da Cigarra. Express: 2004. 59 p.
FLORA, Flávio. A prova 4b. Câmara Municipal de Divinópolis. 1990. 40 p.
FLORA, Flávio. A prova 7. Câmara Municipal de Divinópolis. 1998. 50 p.
LARA, José Dias. Divinópolis com Amor e Humor. Sidil, 1994. 303 p.
MILAGRE, Sebastião Bemfica. Almanaque: o lírico da noite. Gráfica Santo Antônio, 1985. 81 p.
MÍMEO. Divinópolis 2000. Funcionários da Biblioteca Ataliba Lago, 2000.
MORAES, Paulo Roberto de Sousa. O coronel Antônio Olympio de Moraes: uma história de Amor por Divinópolis. 2006. 256 p.
PEREIRA, José João Bosco. Momentos Poéticos. Serfor, 2006. 63 p.
PEREIRA, José João Bosco. E Divinópolis se fez poesia! Trovas. 2011. 200 p. s/editora. livro virtual.
SILVA, Mercemiro Oliveira. Trovas & Haicais. Vol. 3, 2003. 28 p.
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