ELISABETH AMORIM
Elisabeth Amorim é um achado, achei-a aqui no Recanto das Letras e depois em seu espaço Toque Poético: Semeando a literatura das margens. O trabalho que ela realiza vai além dos seus textos e livros, ensinar neste Brasil é a missão mais importante de todas. Seguem alguns versinhos que ela me inspirou:
Conversando com ela sobre "A Sutil Diferença entre: Eu te amo e Eu me amo"
Pois é Amor in
O ser humano é assim
Esquece do único autor
Que distribuiu com sobra
In amor a grande obra
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Escutei-a em "Meu Grito" e fiz eco:
Teu chamamento da borda
Atinge o cerne profundo
Quem te escuta concorda
Que pode salvar o mundo
Desmontas literatura
E distribuis com fartura
O grito que cala fundo
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Encontrando-a na festa em "Comemoração Baiana":
Mas baiano adora as festas
E o teu espaço é cultura
Grande é o serviço que prestas
Aqui vejo arte pura
É uma montagem esmerada
Mas vou dizer se te agrada
Desmontas literatura
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Falando sobre os medos de antes("Alma Penada") e os de agora:
Morria de medo delas
Fechava bem as janelas
Também da rasga-mortalha
Mas por favor não espalha
Deu saudade desses medos
Que ficaram no passado
Talvez por entre os folguedos
Do sertão revisitado
Hoje troquei os temores
Me assombram novos horrores
Não acabem os dias meus
Longe da luz do meu Deus
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O assunto era "Traição" e ela me enviou à obra do conterrâneo José Américo de Almeida:
Traído de tal maneira
Não espere que eu te conte
Escutando o teu desmonte
Sou Lúcio de A Bagaceira
Por Soledade quimérica
Na prima obra América
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Seduzido pela sua excelente: "A Arte da Sedução":
Mas que linda tradução
Da arte da sedução
Me acusam de seduzir
Confesso mais me seduzo
Negar seria mentir
Pois o ardil de fato uso
Seduzem-me obras e elas
Mas as poesias mais belas
Confesso me põem recluso
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Falando dos conterrâneos ilustres que viajaram e voltando à infância nas asas da "Coruja Rasga-Mortalha":
Devolvendo os salpicos de Ubaldo
Que adorei quando respingaste em mim
Brindo agora com o nordestino caldo
Da cultura que acredito não ter fim
Inundado de saudade Ariana
Que perdeu a carreira pra Caetana
"Não sei , só sei que foi assim"
Me deu saudade da infância
Quando passava da hora
Me invadia uma tal ânsia
No momento de ir embora
Não temia malfeitores
Que são os males de agora
Vinham d'além os temores
Alma ou coisa que a valha
Ao fundo a trilha sonora
Desembestado no escuro
Era uma bala te juro
Ouvindo a Rasga-mortalha
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Surpreendido com sua arte e recebido com "Uma Pitadinha de Carinho":
Desapeei no caminho
Pra assistir teu desmonte
E é preciso que eu te conte
Que desmontas com carinho
Curiei peça por peça
E encontrei cultura à beça
Vejo poesia em teu ninho
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Testemunha do "Nascimento de uma Escritora", não me contive:
Licença ai criatura
Só se acaso não notares
Tu montas literatura
De primeira qualidade
Pois ando em muitos lugares
E te garanto é verdade
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Conhecer Elisabeth Amorim é conhecer o Brasil! O Brasil de gente digna, honesta e feliz. Um grande abraço mestra. Vamos desmontar literatura!