Adeus, Manoel de Barros
Morre um poeta
Morrem suas novas palavras
Permanecem as registradas
Palavras doadas
Partilhadas
Partidas em soluços
Vida encantada
De passos lentos e voos
Homem passarinho
Deixando ninhos
Nas mentes
E vidas transformadas
Palavras novas
Criadas naturalmente
Ria o Poeta da leveza
Dos encantos da natureza
E nos seus traços, a lição repassou
Remoçou; até que chegou sua hora...
A idade real pesou
O poeta descansou
Sua alma, então, voou