PAINHA - Nos seus 70 Anos
Pai
Amamos-te
Imensamente...
Talvez esta singela homenagem esteja no lugar inadequado, por não estar no dia próprio, mês de agosto. Aluízio, este era seu nome. Pouco ou quase nada o conheci, tão tenra era minha existência, cinco anos apenas.
Partiu de nosso meio nos deixando órfãos de tudo, principalmente de ser um ponto de referência onde pudéssemos ancorar nossos pequeninos barcos quando em ondas revoltas.
Teve sua vida ceifada pelas mãos de seu próprio irmão. Triste fato ocorreu nos idos do distante 1972, mês de novembro, aos quinze dias certos.
Sua lembrança persiste em nossos corações... É como se fosse ainda agorinha seu sorriso ao entrar em casa ao final de um cansativo dia de labutas... E nós - eu, meu irmão mais velho e minha irmã caçula - a esperá-lo sob o olhar daquela que viria a ter um duplo sentido em nossa vida, o de ser pai e mãe de modo simultâneo.
Setenta anos faria ele nesse passado dois de novembro. A vida não lhe proporcionou isto, também não nos proporcionou que festejássemos seu natalício com muita alegria e garbo.
Apesar do sofrimento de ontem e também de hoje, uma prece elevamos ao Altíssimo e Bom Senhor, como nos diria s. Francisco de Assis, e n'Ele depositamos nossas vidas vividas a partir de outras vidas.
Feliz aniversário pai, papai, paizinho, painha, assim te chamávamos no alto de nossa infância distante e inocência que o mundo já nem permite às crianças hoje.
E damos graças ao Pai.