(Imagem Google)
Café , Lembranças & Poesia
(In Memoriam)
http://youtu.be/x9oSs1POZww
Uma caneca de café, família reunida ...alegria
Flashes de uma vida... lembro com nostalgia
A mesa posta e a minha querida tia que sorria
A broa quentinha na manteiga que derretia
O bule esmaltado, o aroma perfumado
Do precioso líquido preto, recém coado
Lembranças quentes do meu passado
Antes tão doces...agora têm gosto amargo
Seu sorriso, sempre contagiante, hoje a voz calou
Olhos meigos, lindos e sinceros, Deus levou
No fogão à lenha, apagado, só o bule ficou
Choro a sua ausência e a saudade que deixou
Nos seus últimos momentos de vida, presenciei,
Quando ergueu os braços e sorriu para alguém
Que não estava ali... um espirito, pensei,
Terminara o sofrimento, era um anjo do além
Sua história de vida ficou na minha memória
As passagens tristes ela venceu com sabedoria
Foi uma vida sofrida mas ela não reclamava
Foram 92 anos de doação àqueles que amava
Lembrei-me agora de um versinho que ela recitou
Quando, já meio debilitada, fui visitá-la, e ainda cantou,
Dizendo ser de um rapazinho que ela namorou
Quando mocinha e por quem se encantou
“Benedita, Benedita,
venha de qualquer maneira
Pra não quebrar o pente
Já comprei uma raspadeira”
(ela sorria ao se lembrar que, quando mocinha,
tinha os cabelos muito rebeldes e se
demorava muito para penteá-los)
Poesia rima com vida, em toda a sua trajetória
Mas também rima com dor e saudade
Quando alguém que amamos vai embora
(In Memoriam)
http://youtu.be/x9oSs1POZww
Uma caneca de café, família reunida ...alegria
Flashes de uma vida... lembro com nostalgia
A mesa posta e a minha querida tia que sorria
A broa quentinha na manteiga que derretia
O bule esmaltado, o aroma perfumado
Do precioso líquido preto, recém coado
Lembranças quentes do meu passado
Antes tão doces...agora têm gosto amargo
Seu sorriso, sempre contagiante, hoje a voz calou
Olhos meigos, lindos e sinceros, Deus levou
No fogão à lenha, apagado, só o bule ficou
Choro a sua ausência e a saudade que deixou
Nos seus últimos momentos de vida, presenciei,
Quando ergueu os braços e sorriu para alguém
Que não estava ali... um espirito, pensei,
Terminara o sofrimento, era um anjo do além
Sua história de vida ficou na minha memória
As passagens tristes ela venceu com sabedoria
Foi uma vida sofrida mas ela não reclamava
Foram 92 anos de doação àqueles que amava
Lembrei-me agora de um versinho que ela recitou
Quando, já meio debilitada, fui visitá-la, e ainda cantou,
Dizendo ser de um rapazinho que ela namorou
Quando mocinha e por quem se encantou
“Benedita, Benedita,
venha de qualquer maneira
Pra não quebrar o pente
Já comprei uma raspadeira”
(ela sorria ao se lembrar que, quando mocinha,
tinha os cabelos muito rebeldes e se
demorava muito para penteá-los)
Poesia rima com vida, em toda a sua trajetória
Mas também rima com dor e saudade
Quando alguém que amamos vai embora
A morte é o passaporte para uma viagem só de ida.
É uma viagem solitária, com destino ignorado, incerto.
Na bagagem apenas a saudade de quem sente a partida
e a esperança de um reencontro no reino eterno .
Lucia Moraes
http://www.luciamoraes.prosaeverso.net