Nas manhãs de novembro
(aos aniversariantes, em especial ao poeta Ferreira Estâvão)
Nas manhãs de novembro,
Quando o sol desperta o dia
Dourado, luminoso a clarear os olhos
No galopar do tempo
Nessa esfera de vida.
Desperta também a vontade
Nos lombos desnudos da existência
Nos campos verdejantes da esperança
No cheiro de alecrim e de incenso
Levando leve ao vento
Perfume silvestre de felicidade.
(Re)inventando outras e outras
E outras formas de alegria
Compondo amores,
Desenhando sonhos,
Pintando ilusões
Nas manhãs de novembro...
Que dançam sobre as águas oceânicas
Que navegam nas ondas das almas impetuosas
E somem lindamente livres
Nos campos de girassóis
Nas claras e luminosas manhãs de novembro...
Suas asas estendem-se no espaço
E ganham o infinito
Espraiam-se sobre os abismos mágicos desse existir
E canta essas ilusões (ir)reais e insólitas
Nas manhãs de novembro que os concebem
Plenos de vida e de maestria.
A madre desses dias diz em repleta concretude:
"_ Dê teu choro de dor ou de alegria!
Registre tudo nos versos de tua existência!
Sê poeta, sê tu a própria poesia!"