Sobre Jabuticabas e Ideias...
O que é pior: ser criança pobre do meio rural ou ser criança pobre da zona urbana? Por experiência, tendo a dizer que ser criança pobre da periferia urbana é pior... sem maiores detalhes que não cabem aqui, outro dia entre idas e vindas da militância, por fim conheci a árvore de jabuticabas...
Encantei-me! Fotografei, colhi, deliciei-me com seus frutos... pasmada a observá-los agarradinhos à jabuticabeira, as imagens levaram-me a pensar sobre jabuticabas e ideias...
A jabuticabeira agrega uma diversidade de frutos e, na simplicidade de ser do seu jeito com suas jabuticabas... beleza ímpar! Reconhecer, acolher e harmonizar diferenças, é ser sábio... “Eu só posso dar o meu melhor para os outros quando estou em contato com o melhor de mim...” (Brahma Kumaris)
A jabuticabeira que conhece, aceita e respeita suas jabuticabas como são, é capaz de respeitar e valorizar os frutos do outro, do jeito que são... Frutos verdes, frutos saudáveis, frutos chochos, frutos viçosos, frutos contaminados, frutos amadurecidos, frutos azedos, frutos abertos, frutos decompostos, frutos amargos, doces frutos... frutos de todo jeito, ideias de toda feita...
Nesse vagar, observo... quanto mais verde o fruto, mais agarrado ao tronco. Ideias “verdinhas” agarrar-se-iam a que? Toda jabuticaba madura um dia já foi verde, sabe das inseguranças, sabe que jabuticabeira experiente também se engana, e que as vezes, pensa que sabe... por isso aposta na interação entre as diferentes fases do amadurecimento natural do fruto... aprende-se tanto com jabuticabinhas verdes! Desafiadoras, irreverentes e ávidas de saber, questionam o comodismo de velhas jabuticabeiras, provocam a desacomodação, audaciosas instigam sabores novos, quando não, o brotar de frutos fora da estação...
Jabuticabeira experiente sabe que frutos maturos são deliciosos, outros embora passados do ponto são úteis, caídos ao chão em decomposição, tornam-se nutrientes para a terra... Assim também jabuticabeiras mais antigas, seguem nutrindo a esperança de muitas... à sombra dessas jabuticabeiras mais experientes, somos afetivamente acolhidas, acalentadas e docilmente energizadas, para além dos frutos ou da geleia de jabuticabas, contam a paciência e o carinho das experiências socializadas... É, tem jabuticabeira que tem nome, conheço uma que atende pelo nome de Emelda Anastácia Haubert...
Mas... como não estamos nos jardins do Éden, no mundo real há entre as jabuticabas, frutos adoecidos, possivelmente atingidos por alguma praga, picada de inseto ou de outra forma se deixaram contaminar... nesses, a seiva adoeceu, o fruto estragou, azedou, amargou... e, infelizmente, nessas condições o fruto torna-se nocivo ao outro... felizmente, aqui algo nos difere das jabuticabas, capacidade de reflexão e livre arbítrio... as jabuticabas não amadurecem com as perdas, tampouco podem rever atitudes e recomeçar, nós podemos!
Ainda assim, essa analogia me faz pensar que existem mais similaridades entre jabuticabas e ideias, do que imaginamos... Jabuticabeiras-mães ensinem-nos como diferentes frutos convivem harmoniosa e respeitosamente... ensinem-nos como a viçosidade, o brilho, o teor ou aparência da fruta, não interferem nessa coexistência.. Ah, compreendo Mãe-jabuticabeira, no reino vegetal o que conta é a seiva que alimenta e veicula pela árvore-mãe e o fruto-filho... então, numa única jabuticabeira, diferentes frutos nascem, crescem e amadurecem cada um a seu tempo, no seu ritmo, com respeito às individualidades, compartilhando da mesma seiva, e simplesmente, acontecem... desculpe a redundância, mas verdadeiramente, o essencial é a essência!
Interessante... sempre pensei que o fim último das jabuticabeiras apenas fosse ser uma simples jabuticabeira, contribuindo com a diversidade da flora da Mata Atlântica... pois é, parece que temos mais a aprender com as jabuticabas...parece que o reino animal e o reino vegetal têm mais em comum, talvez tanto quanto ideias e jabuticabas...
O que é pior: ser criança pobre do meio rural ou ser criança pobre da zona urbana? Por experiência, tendo a dizer que ser criança pobre da periferia urbana é pior... sem maiores detalhes que não cabem aqui, outro dia entre idas e vindas da militância, por fim conheci a árvore de jabuticabas...
Encantei-me! Fotografei, colhi, deliciei-me com seus frutos... pasmada a observá-los agarradinhos à jabuticabeira, as imagens levaram-me a pensar sobre jabuticabas e ideias...
A jabuticabeira agrega uma diversidade de frutos e, na simplicidade de ser do seu jeito com suas jabuticabas... beleza ímpar! Reconhecer, acolher e harmonizar diferenças, é ser sábio... “Eu só posso dar o meu melhor para os outros quando estou em contato com o melhor de mim...” (Brahma Kumaris)
A jabuticabeira que conhece, aceita e respeita suas jabuticabas como são, é capaz de respeitar e valorizar os frutos do outro, do jeito que são... Frutos verdes, frutos saudáveis, frutos chochos, frutos viçosos, frutos contaminados, frutos amadurecidos, frutos azedos, frutos abertos, frutos decompostos, frutos amargos, doces frutos... frutos de todo jeito, ideias de toda feita...
Nesse vagar, observo... quanto mais verde o fruto, mais agarrado ao tronco. Ideias “verdinhas” agarrar-se-iam a que? Toda jabuticaba madura um dia já foi verde, sabe das inseguranças, sabe que jabuticabeira experiente também se engana, e que as vezes, pensa que sabe... por isso aposta na interação entre as diferentes fases do amadurecimento natural do fruto... aprende-se tanto com jabuticabinhas verdes! Desafiadoras, irreverentes e ávidas de saber, questionam o comodismo de velhas jabuticabeiras, provocam a desacomodação, audaciosas instigam sabores novos, quando não, o brotar de frutos fora da estação...
Jabuticabeira experiente sabe que frutos maturos são deliciosos, outros embora passados do ponto são úteis, caídos ao chão em decomposição, tornam-se nutrientes para a terra... Assim também jabuticabeiras mais antigas, seguem nutrindo a esperança de muitas... à sombra dessas jabuticabeiras mais experientes, somos afetivamente acolhidas, acalentadas e docilmente energizadas, para além dos frutos ou da geleia de jabuticabas, contam a paciência e o carinho das experiências socializadas... É, tem jabuticabeira que tem nome, conheço uma que atende pelo nome de Emelda Anastácia Haubert...
Mas... como não estamos nos jardins do Éden, no mundo real há entre as jabuticabas, frutos adoecidos, possivelmente atingidos por alguma praga, picada de inseto ou de outra forma se deixaram contaminar... nesses, a seiva adoeceu, o fruto estragou, azedou, amargou... e, infelizmente, nessas condições o fruto torna-se nocivo ao outro... felizmente, aqui algo nos difere das jabuticabas, capacidade de reflexão e livre arbítrio... as jabuticabas não amadurecem com as perdas, tampouco podem rever atitudes e recomeçar, nós podemos!
Ainda assim, essa analogia me faz pensar que existem mais similaridades entre jabuticabas e ideias, do que imaginamos... Jabuticabeiras-mães ensinem-nos como diferentes frutos convivem harmoniosa e respeitosamente... ensinem-nos como a viçosidade, o brilho, o teor ou aparência da fruta, não interferem nessa coexistência.. Ah, compreendo Mãe-jabuticabeira, no reino vegetal o que conta é a seiva que alimenta e veicula pela árvore-mãe e o fruto-filho... então, numa única jabuticabeira, diferentes frutos nascem, crescem e amadurecem cada um a seu tempo, no seu ritmo, com respeito às individualidades, compartilhando da mesma seiva, e simplesmente, acontecem... desculpe a redundância, mas verdadeiramente, o essencial é a essência!
Interessante... sempre pensei que o fim último das jabuticabeiras apenas fosse ser uma simples jabuticabeira, contribuindo com a diversidade da flora da Mata Atlântica... pois é, parece que temos mais a aprender com as jabuticabas...parece que o reino animal e o reino vegetal têm mais em comum, talvez tanto quanto ideias e jabuticabas...