Dia do Poeta
Prólogo: o cara de fato é um imortal, mas quem disse que não há uma segunda vez? Criei este poema inspirado em diversas falas, poemas, bem como pensamentos e trechos mais famosos de Dante e adaptei algumas falas minhas para homenagear e dar forma a este poema único e que o nomearei de poema:
Dia do Poeta
Ó musa, ó vosso alto engenho. Dia em que escreveste o que vi coisas que estão a mil milhas, se num palmo te cegas? Quando seus pés deixaram a pressa / donde sois a corrida para a morte, que se prove aqui a tua fidelidade. Ó ofício e tal felicidade, tomai de imediato o ato sobre ela; aos movimentos celestes, como se tal movimento imprimisse em todas as coisas uma necessidade. A verdade é que, como forma muitas vezes não harmoniza a intenção da arte, trazes turbado o espírito que ao mesmo tempo ac’alma, criada para amar ardente, real o vosso entendimento, colhe imagens que em modo tal desprega se, alma, enlevada, ao seu pendor se entrega, pois tal efeito é amor, própria natura em que o prazer liame emprega. Por sua forma que elevar-se tende ao foco, onde o elemento seu mais dura, e perdura qual arte não consome a terra. Ó dia, vês, pois, que para o glorioso dia, nada mais justo e tais mistos versos (como aquela medida que o homem usa para medir a si mesmo), a fera assim se fez, que não se sossega. Pois de noites quantas não dormidas, deita-se o manto sobre o glorioso ofício, onde tal perpétuo descansa o poeta.
Desenlace - Van Tófilli