PARA ROGÉRIO.
A relva campestre é um espetáculo.
Pois na sua beleza tudo é fantástico
Mas não tem no solo a fixação
Para superar algum furacão.
Existem galáxias e todas estão cheia
De belas estrelas que à noite gorjeia
Seu fogo brilhoso a pestanejar
Pros homens na terra lhes admirar.
De todo tamanho têm barcos no mar
Desde um “Titanic” a um velejar
Seguindo seu rumo e o seu destino
Traçando nas águas todo o seu caminho.
Rogério, meu primo, posso comparar
Tua meninice à relva a brotar.
No meio de muitos tavas a enfeitar
O solo campestre do mundo vulgar.
Das constelações eras uma estrela
Teu brilho jovial com toda pureza
Enchias o céu da tua nobreza
Orgulho dos teus, eu tenho certeza.
Um simples barquinho poderias ser
Mas, eras gigante como hoje se vê
Com força, com luta sempre a bracejar
Nas águas profundas deste enorme” mar”.
Mas como uma relva pode se arrancar
E uma estrela de lá desabar
E mesmo um navio no mar naufragar
Conforme o bramido tremendo do mar.
Assim foi contigo o que aconteceu
Num momento ímpar você adormeceu
Sem tempo pra ver um ser só dos teu
Assim é a vida pra ti e pra eu.
Uma vela acesa pode se apagar
Em qualquer momento sem se esperar.
Assim é a vida pra todos que a tem
Em qualquer momento partindo pro além!
Nunca desejei ouvir o que ouvi
Nunca nem sonhei em ver o que vi
Meu primo tão jovem deitado a dormir
Num sono profundo sem poder sentir.
Deixo para os teus a consolação
De um Deus criador que tem compaixão
Dos entes queridos que ficam então
Chorando o fim da tua missão.
Não há quem não durma pra não acordar
Quando lá do céu ouvir o bramar
Dos anjos de Deus todos a tocar
Pra os que estão dormindo no solo acordar.
I Tessalonicense 4:15 e 16. Mateus 25:31
Eternas saudades tu hás de deixar
No peito, na mente, dos que vão ficar
É triste o relato que pude trazer
Mas rogo a Deus para te acolher.
Em nome de seus familiares: os Teixeiras,os Matias, os Santos (Belo) e outros.
Carlos Jaime Matias. Para a família, Carlinhos. 07/08/2012.